O novo livro do escritor e jornalista aborda, com
humor e irreverência, temas espinhosos e atuais como intolerância, solidão,
machismo, relacionamento na era dos aplicativos e a fragilidade dos laços
afetivos.
Repórter freelancer e jurado do Prêmio Jabuti, o jornalista e escritor Gustavo Rossetti Viana lança o seu segundo romance, Galeria Metrópole (Editora Patuá), uma epopeia tragicômica sobre a complexidade dos relacionamentos amorosos nos dias de hoje.
Em Galeria Metrópole, acompanhamos a epopeia tragicômica de Augusto Vidal, funcionário público em crise existencial em busca de um grande amor. A história se passa em três tempos: enquanto o protagonista se envolve em relacionamentos líquidos e fugazes, recorda o fracassado casamento em busca de respostas sobre o que teria dado errado. Em paralelo, mergulha em sonhos e devaneios de um passado que não viveu.
Imerso em um trabalho burocrático e sem graça, Augusto rejeita ser taxado como um burocrata e deseja ser reconhecido como artista e viver uma vida menos ordinária. Salpicado de referências à música popular brasileira – o protagonista tem obsessão pelo cantor e compositor João Gilberto –, o livro retrata uma sociedade atada à burocracia em seu ambiente corporativo, em contraposição à facilidade dos relacionamentos descartáveis na era dos aplicativos. Embora a distância para um encontro possa ser a de um mero clique no celular, Galeria Metrópole evidencia como as pessoas estão cada vez mais na defensiva, intolerantes, insensíveis, arredias e isoladas.
Praça da República, Praça Dom José Gaspar, Galeria do Rock e Copan, entre outros pontos da região central da cidade de São Paulo, são o cenário da jornada de Augusto, um sujeito sem traquejo social, enquanto vasculha suas memórias, angústias e devaneios. Uma jornada marcada por alguns encontros e muitos desencontros.
O primo Jonatas, integrante do mercado da sedução, é quem o incentiva e dá as dicas para ingressar no ramo da paquera. Na repartição, tem na secretária Carminha uma espécie de confidente. Já com o chefe Agenor, a relação é de puro ódio.
Em seu segundo romance depois da instigante distopia político-esotérica Canceriano Sem Lar (2022), o escritor e jornalista Gustavo Rossetti Viana mantém a verve debochada, irônica e cínica, mas amadurece a sua escrita com uma trama intrincada sobre a complexidade dos relacionamentos humanos.
Sem concessões e com uma narrativa irreverente e sarcástica, bem como diálogos ácidos e espirituosos, uma marca do autor, Galeria Metrópole é uma lufada de ar fresco para a literatura brasileira de humor, mas sem deixar de lado temas espinhosos como intolerância, crise conjugal, solidão, machismo e a fragilidade dos laços afetivos.
Playlist – Galeria Metrópole
Galeria Metrópole conta com uma playlist (acessível via QR Code do Spotify) com 55 músicas citadas durante o livro. É uma seleção bastante eclética que vai de Tom Jobim e Chico Buarque a Menudos e Raça Negra, passando por Adriana Calcanhoto, Caetano Veloso, Legião Urbana, Lulu Santos, Luiz Gonzaga, Raul Seixas, Celly Campello, Daniela Mercury, Luiz Melodia, Karina Buhr, Baden Powel e Vinicius de Moraes.
Serviço
O lançamento acontece na Livraria Patuscada (Rua Luís Murat, 40 - Vila Madalena), no dia 4 de outubro (sábado), das 17h às 22 horas.
Gustavo Rossetti Viana
nasceu em São Paulo (SP) em 1978. É escritor e jornalista. Atua como
repórter freelancer para jornais, revistas e sites, como a Gazeta
Mercantil, o Valor Econômico e a Folha de S. Paulo. Trabalhou como
redator do Pacto Global das Nações Unidas (ONU), do Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e da FecomercioSP. Como
repórter, produz matérias sobre temas como meio ambiente, sustentabilidade,
empreendedorismo, turismo e literatura. Tem experiência como editor e coautor
de biografias, livros-reportagem, relatórios de sustentabilidade e publicações
institucionais. Autor dos livros Canceriano Sem Lar (2022) e Galeria
Metrópole (2025), foi Jurado do Prêmio Jabuti (2023 e 2024), palestrante da
Festa Literária Internacional da Mantiqueira – FLIMA (2025) e integrou a Sessão
dos Autores Independentes na Festa Literária Internacional de Paraty –
FLIP (2025). Amante de literatura e cinema, fotógrafo amador e viajante
contumaz, é canceriano com ascendente em capricórnio e ama a diversidade
étnica, cultural e gastronômica de São Paulo, mas costuma fugir para a natureza
– sobretudo para a Serra da Mantiqueira – quando o trabalho permite.