Caso
duvide, falarei onde estou...
Só
lhe peço uma coisa: não me deixe em estado de banalização.
[Uma viagem ruim – Rogers Silva]
Como uma trombeta que reaviva
Meu passado um pouco recente.
Sim, já quis matar alguém.
Por amar tanto sem saber ao certo
Onde se armazenam as lágrimas.
Minha juventude pode ainda estar no rosto
Viva, teimosa e inocente
Mas sinto como pedra a mocidade dos meus sonhos.
Ora, não morri de amor
Só quis matar por não saber...
Soube de tudo depois que o amor virou silêncio.
Este silêncio de matar
Esta morte por dentro passageira
O infinito definhar-se enquanto Axl cheira pó.
Pensaria eu que a vida chegaria
A este futuro recente, e eu equilibrado
Pudesse sobreviver sem saber aproveitar o amor?
Talvez ela, a vida, prometeu-me um amor
Matou-me diversas vezes para que eu pudesse
Estar exatamente aqui.
Ah! Minha juventude
Minha viagem foi tão ruim e hoje
Adormeço
sorrindo, pois tenho sono, muito sono.