Por José Carlos de Souza
(espelhos retorcidos)
penduro os
meus olhos no azul
enquanto
vão girando as horas
e o amor
segue o seu existir
era noite
e o céu nos
serviu estrelas
(fato novo)
enquanto o sol caminha macio
nem tarde nem cedo
nem coragem nem medo
pomposa prosa
o amor veste segredos
a vida é
uma encruzilhada
uma armadilha
uma cilada
às vezes
nem isso
José Carlos de Souza
sem mais delongas: sou
poeta e letrista
vivo entre
o tédio e o carnaval. passeio pelo surreal.
alma
anarquista. vez por outra zen. quase sempre 'dada'
surto ao
leve toque do banal
curto o som
das estrelas e o ruído dos planetas
prefiro o
sal do mistério. o sol de Glauber. o graal panteísta