“Amor e morte são os temas dominantes neste primeiro livro de Rogers Silva. Causa e efeito: o amor conduzindo inevitavelmente à morte, ambos conectados num fluxo só: amor-morte. Amorte.
Perdidos num turbilhão de canções e filmes românticos, os apaixonados de Rogers Silva atravessam parágrafos vertiginosos, às vezes longos. O discurso direto copulando com o discurso indireto, a primeira pessoa com a terceira. Misturando prazeres e sofrimentos. Indo mais longe: fazendo do prazer sofrimento, do sofrimento prazer.
A linha que tudo costura — amor, morte, prazer, sofrimento — é a loucura. Cuidado, leitor desavisado. Somente com muita sorte você conseguirá escapar destas páginas com a sanidade ainda intacta. Esta coletânea de narrativas tem a mesma densidade claustrofóbica e desestabilizadora do Asilo Arkham, a notória instituição psiquiátrica da mítica Gotham City.
Está preparado para a camisa-de-força? A literatura de Rogers Silva não é para leitores comuns, é para os raros, ou só para os loucos, como queria Hermann Hesse no romance O lobo da estepe.
Insanidade cerrada. A densidade discursiva vem da complexidade existencial das personagens e do narrador. Das entidades maníacas que sofrem patafisicamente, ou seja, bem mais profundamente do que as pessoas comuns já sofreram ou vão conseguir sofrer em toda sua trivial existência.
As ficções aqui reunidas revelam o mundo desencantado de dezenas de pessoas, não só de Desseres. Há o desencanto das crianças, Hugo e Clarissa. Da insaciável Josi. Dele mesmo, Jesus Cristo. Há até o desencanto de uma canção-narradora, que conta ela mesma sua história de amor e morte.
As duas narrativas mais psicologicamente violentas são sem sombra de dúvida as mais fragmentadas, O espelho e Manicômio.
Na primeira, o diálogo intertextual com o conto de Machado rendeu um texto longo e inquietante, que seduz e incomoda simultaneamente. A louca pede ao cocheiro que não corra tanto, então o tempo começa a avançar e a recuar, os cenários vão mudando, começam a aparecer outras personagens: Carolina, Policarpo Quaresma, Campos de Carvalho, e tudo vai ganhando a consistência de um sonho.
Já estamos em pleno manicômio, onde os desejos e os impulsos mais antigos amordaçam a razão e matam o professor de lógica. Nesse estabelecimento a juventude está sem rumo (ainda, há décadas), o amor persegue a própria cauda e a morte violenta é a parada final” – Luiz Bras
Autor: Rogers Silva
Editora Composer
Gênero: Contos e novelas
Número de páginas: 300
ISBN: 978-85-98616-85-8
Sobre o autor:
Rogers Silva é escritor, professor, pesquisador e promotor de eventos. Mineiro, nasceu e mora em Uberlândia. Publicou em sites, revistas, jornais e coletâneas, dentre as quais Portal Solaris, Portal Neuromancer e Portal 2001 (organizadas por Nelson de Oliveira). É colunista e co-fundador do coletivo O BULE (www.o-bule.com). Bloga em www.rogerssilvaoriginal.blogspot.com e tuíta em @rogerssilva. Site: www.rogerssilva.com
Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Possui Mestrado em Teoria Literária (UFU) e Mestrado em Administração (UFU), com ênfase em organizações envolvidas em Artes & Cultura. Atualmente é doutorando em Literatura pela UNESP.
Onde comprar
> Em Uberlândia: Saideira Buteco de Comida, Sebo Cds, Livraria Nobel, Revistaria da Rodoviária, Revistaria da Gente (Uberlândia Shopping), Livraria Pró-Século, Revistaria da UFU, Sebo Maravilha,
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Diretamente com o autor pelo e-mail rogers.silva@yahoo.com.br (depósito ou transferência bancária)
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