O sujeito pode ser um leitor de ficção científica – alguém que lê regularmente livros do
gênero; ou pode ser um fã de ficção
científica – alguém que possui um grande entusiasmo pelo gênero. O fã pode até
prescindir da leitura: talvez ele seja apenas fã de FC no cinema, nos videogames ou na televisão. Mas ele só
pode ser um fã ativo quando externar o seu entusiasmo perante os seus pares.
Eu me tornei um fã ativo em 1983, depois de
responder a um apelo de José Carlos Neves, de que gostaria de se corresponder
com outros fãs de FC; apelo esse feito em carta na revista Cinemin, que na época dava atenção aos sucessos do cinema americano
de FC e fantasia.
Zé Carlos era um dos editores do fanzine Hiperespaço, criado por ele, Cesar Silva
e Mário Dimov Mastrotti naquele ano, de modo que entrei diretamente em contato
com esse que foi um dos fanzines mais influentes daquele momento – e que hoje
ainda sobrevive como o blog de Cesar Silva,
Mensagens do Hiperespaço [http://mensagensdohiperespaco.blogspot.com.br].
(Recentemente, o fã Alexandre Lucchesi disponibilizou um exemplar da primeira
geração do Hiperespaço, no seu blog Gabinete do Dr. Lucchesi: http://alexandrelucchese.blogspot.com.br/2012/06/zines-historicos-para-baixar.html)
Por sua vez, Hiperespaço
me apresentou ao Clube de Ficção Científica Antares e o seu Boletim Antares, editado por Jane
Terezinha Mondello de Souza. Nesses e noutros fanzines – como o nordestino Space –,publiquei meus primeiros contos,
desenhos e artigos. Mais tarde, o Boletim
Antares me apresentou o Clube de Leitores de Ficção Científica, criado em
1985 por R. C. Nascimento, por intermédio do qual fiz meu primeiro trabalho
profissional em ilustração (o cartaz da II Mostra de Ficção Científica,
realizada em 1988). O fanzine de Jane Terezinha também me apresentou a revista
semiprofissional francesa Antarès –
Science Ficcion sans Frontieres (sem parentesco com o clube brasileiro),
editada por Jean-Pierre Moumon e na qual saiu meu primeiro conto publicado
profissionalmente: “A Última Chance” (1989).
Naquela época, estes eram os meios de ser um fã
ativo: comprar e assinar fanzines, colaborar com eles ou editá-los, escrever
cartas e trocar recortes e fotocópias, associar-se a clubes e participar de
reuniões e eventos. Hoje, imagino, ser um fã ativo significa participar de
listas de discussão, comunidades no Orkut ou Facebook, criar blogs e sites – mas clubes, eventos e mesmo fanzines (agora em PDF e
distribuição pela rede) ainda têm o seu espaço. Como ocorreu comigo, essas
atividades de fãs são a porta de entrada para atividades profissionais ou
semiprofissionais.
O fandom,
definido como essa interação entre fãs, é um fenômeno muito antigo na FC. O
próprio Hugo Gernsback (1884-1967), o editor que criou a expressão “science fiction”, também teria sido o
pai do fandom americano, ao lançar
The Science Fiction League nas páginas da revista Wonder Stories, em 1934. O interesse de Gernsback era mobilizar os
fãs a favor de suas iniciativas, mas essas coisas têm uma tendência natural a
fugir do controle e ganhar vida própria.
Existe até uma organização chamada First Fandom
[http://www.firstfandom.org], que
reúne fãs ativos desde a década de 1930. O grupo se apresenta em convenções e
organiza um prêmio Hall of Fame desde 1976, destacando contribuições
significativas para a FC, sob uma perspectiva de trinta anos, além do Moskowitz Archive Award, que premia, desde
1998, grandes colecionadores (Sam Moskowitz foi um dos primeiros
pesquisadores-fãs).
No Brasil, o fandom
surge na década de 1960. Segundo anotações no diário do jornalista e escritor Jerônymo
Monteiro [http://jeronymomonteiro.blogspot.com.br]
(1908-1970), já havia em fins de 1963 um grupo em São Paulo, às vezes chamado
por ele de Clube dos Autores de FC, outras de Clube de Ficção Científica ou
Clube de Ciencificção. Realizava encontros duas vezes por mês, com almoços e
jantares. Monteiro foi o grande catalisador dessas atividades – que levaram, em
1965, à realização da I Convenção Brasileira de Ficção Científica na capital
paulista. Durante o evento, foi fundada a Associação Brasileira de Ficção
Científica, inclusive com a publicação de um boletim interno do evento, O Cobra (de Convenção Brasileira),
que pode ter sido o primeiro fanzine brasileiro de FC [http://pt.wikipedia.org/wiki/Fanzine#Fanzines_no_Brasil].
Mimeografado, O Cobra foi seguido por Dr.
Robô, como o clubzine da ABFC. Com a morte de Monteiro em 1970, essas
iniciativas foram descontinuadas. O fandom
ressurgiria apenas em 1981 ou 1982, com fanzines como Star News e Boletim Antares.
Em 1997, na V InteriorCon, organizei o Primeiro (e único) Encontro do Primeiro
Fandom Brasileiro, com as presenças de André Carneiro, Nilson Martello, Luiz
Marcos da Fonseca e Therezinha Monteiro (a filha de Jerônymo).
Certamente, o Boletim
Antares, editado por Jane Terezinha para o Clube Antares (desdobramento de
um clube astronomia amadora), foi mais importante para a história do gênero. O
clube realizou três ou quatro edições do Prêmio Fausto Cunha – que teve entre
seus finalistas nomes como Jorge Luiz Calife e Gerson Lodi-Ribeiro –, e também
organizou a sua própria I Convenção Brasileira de Ficção Científica, em 1985,
neste país de memória curta. Além do Boletim
Antares, Porto Alegre também produziu
o Millennium, fanzine do Grupo
Genesis de Ficção Científica, mais voltado para o cinema.
De lá pra cá muita coisa rolou, mas neste ano a
realização do 1.ª Odisseia de Literatura Fantástica em Porto Alegre [http://odisseialitfan.wordpress.com]
trouxe uma sugestiva circularidade. Organizado por Cesar Alcazar, Christopher
Kastensmidt e Duda Falcão, e realizado nos dias 27 e 28 de abril, foi inspirado
no já tradicional Fantasticon que ocorre anualmente em São Paulo. Mas teve cara
própria e uma saudável ênfase na produção local – sua própria realização emana
do fato do Rio Grande do Sul ter sua quota substancial de autores, fãs e
editores (Alcazar e Falcão são os cabeças da Argonautas Editora [http://argonautaseditora.wordpress.com],
de Porto Alegre). Com uma freqüência de mais de 500 pessoas, autores e editores
vindos de diversas partes do Brasil e até da Argentina (o escritor Gustavo
Bondoni), e 17 editoras vendendo seus produtos no evento, a Odisseia voltou a reivindicar
a centralidade do Rio Grande do Sul no movimento de fãs, semelhante àquela do
início do fandom moderno.
(Particularmente indicativo disso foi o meu encontro, pela primeira vez, com Jerri
Dias e Pedro Zimmermann [http://jerridias.blogspot.com.br/2011/04/pedro-zimmermann-entrevista.html],
do Grupo Genesis de FC e do fanzine Millennium,
durante a Odisseia.)
Mas não obstante o quanto o fandom possa ter avançado no Brasil, é inevitável que ele também
receba críticas.
A mais recente veio do escritor Tibor Moricz, autor
de Síndrome de Cérbero (2007), Fome (2009) e O Peregrino (2011). Moricz declarou no Facebook [http://www.facebook.com/tibor.moricz/posts/10150785785527295?comment_id=22207071]
que o fandom, se posso ser
eufemístico, não serve pra nada. A
questão seria a falta de apoio dos fãs aos autores brasileiros: “FC brasileira
não é lida nem pelo fandom. O nicho,
que deveria prestigiar a nossa FC, lê os estrangeiros mas não lê o que a gente
faz aqui dentro. Esse nicho, esse fandom,
é uma merda.”
Seguiram-se dezenas de comentários, declarações,
respostas e contra-respostas. Do Facebook, Moricz levou a discussão ao seu
concorrido É só Outro Blogue [http://esooutroblogue.wordpress.com/2012/05/23/ficcao-cientifica-brasileira-elitizar-ou-popularizar],
agora menos sobre o que o fandom poderia
fazer por nós, e mais sobre uma estratégia, levantada por ele na discussão
anterior, de popularizar a FC brasileira: “Defendi a popularização da FC com o
intuito de podermos atingir um público maior”, escreveu. “Defendi simplificar a
linguagem e os símbolos desse gênero para nos tornarmos mais
compreensíveis. Defendi uma abertura de mercado que poderá nos beneficiar, que
poderá nos levar a fronteiras antes não exploradas. Defendi a FC humanista (em
contrapartida à hard, mas nem por
isso menos ou mais importante que ela) como a que dialoga mais facilmente com
esse público. Defendi uma evolução temática lenta e gradual para formarmos
novos leitores.”
Embutida na proposta, uma oposição algo artificial
entre elitista e popular, com o esboço de um argumento conciliador: “É válido
elitizar a nossa
literatura, a nossa FC, ao ponto de criarmos rupturas dentro de nosso próprio establishment? Vamos etiquetar
determinados autores de gênero como maiores e menores? Determinadas obras de
gênero como maiores ou menores (admitindo-se que o gênero
é autossuficiente, é a ele que julgamos em primeira instância. Mas
sem deixar de compreender e aceitar que existem obras melhores e piores, mais
elaboradas e menos elaboradas)?”
Tenho a sensação muito aflitiva de que isto é o retorno
– com retórica um pouco menos acidentada – de um dos primeiros e menos
produtivos postulados da Terceira Onda da Ficção Científica (de 2004 ao
presente), contra o qual me posicionei logo no início do movimento. Realmente,
não quero retornar a essa discussão; no momento, basta apontar um problema recorrente
nesse tipo de proposta, que é centralizar tudo na figura do escritor ou
coletividade de escritores. O buraco é bem
mais embaixo e envolve um sistema complexo de interações entre editoras,
distribuidoras e formadores de opinião, sem mencionar hábitos de leitura. Escritores
costumam chamar para si soluções de problemas difíceis porque têm a tendência
de apenas enxergarem a si mesmos e seus colegas.
Talvez isso seja um vício do ensino de literatura ou
resultado do silêncio inerente de uma sociedade de poucos leitores. A voz do
leitor é miúda, o escritor tende a declarar mais alto suas intenções. Mas o
assunto é o fandom, e se ele se
define como comunidade de fãs, de possíveis leitores de FC, isso significa que
sua voz deveria ser bem mais audível. Eu suspeito que a ela não o é em parte
porque a timidez em afirmar o que é bom ou ruim já está aí, há muito tempo e
sem produzir a almejada união do “establishment”.
Não obstante, não tenho dúvida de que parte da efervescência atual que vivemos
se deve à existência prévia dessa comunidade.
O embrião do fandom
atual já existia, claro, naquele bem menos auspicioso momento anterior. As
críticas contra o fandom na época foram
semelhantes às atuais, e provavelmente originárias da mesma causa – a sua
incapacidade de apoiar os talentos locais, em vendas ou em reputação literária.
O fandom não tem nenhum desses
poderes, e depois de um tempo, aqueles escritores que nele convivem compreendem
isso e passam a ver nele a origem de todos os problemas. Assim fandom vira “fandango”, comunidade vira “gueto”,
e interlocutores viram massa inculta que impede os escritores de alçarem vôo, de
alcançarem novos públicos. Em 1997 ou 1998 houve um surto semelhante nas listas
do CLFC na Internet. Os principais acusadores logo se tornaram recovering fans – fãs que, cansados das
interações do fandom, se afastam para
se recuperarem. Mas pouco depois eles estavam engrossando as comunidades do
Orkut, que, convenhamos, apresentam um nível ainda mais limitado de interação
entre fãs. Ruim com ele, pior sem ele... ou até que o pessoal novo conclua que
o fandom não é o salvador da pátria
da FC.
Reaproveitando o
que escrevi no Facebook, o fandom é
uma instituição importante, mas sua história deixa claro que ele nunca
funcionou como um mercado minimamente substancial para a FC nativa. Por ser
inerentemente anárquico, tentativas de esterçá-lo na direção de um ou outro interesse
particular redundam na formação de feudos que rapidamente degeneram em
guerrilha fraticida – aquela mesma que sempre acaba chocando os recém-chegados;
e, ocasionalmente, até um veterano de muitas escaramuças, como eu.
O papel do fandom não é esse. Não funcionou assim
para Gernsback, como esperar que funcione aqui, tão abaixo da Linha do Equador?
Seu papel é manter e difundir discussões especializadas e de fomentar
instituições críticas, editoriais e de formação de autores, que não estão
disponíveis fora-fandom. A comunidade
Ficção Científica no Orkut tem 6.700 membros inscritos – fãs ativos, já que se reuniram mesmo que virtualmente, para
discutir o assunto. Se um terço deles comprasse modestos dez novos livros de FC
por ano, não haveria editor da área em dificuldade. Claramente, há um funil aí,
no qual a literatura é minoritária (e cinema, games, TV e quadrinhos majoritários), e dentro dele, o autor
brasileiro se coloca no seu diâmetro mais estreito.
Esse também é o
papel do muito mais poderoso fandom
americano.
Em 1940, Jerry K. Westerfield, então editor de Amazing Stories (a revista que Gernsback fundou em 1926), escreveu
que, “dos 500 mil leitores da ficção científica, apenas cerca de 5 mil deles
são fãs. Mas esses 5 mil fazem todo o barulho e soltam todos os fogos de
artifício.” O artigo dele, “The Sky’s No Limit” (1940), está num maravilhoso
livro chamado Pulp Fictioneers:
Adventures in the Storytelling Business [http://www.amazon.com/Pulp-Fictioneers-Assorted-Hands/dp/1886937834]
(2004), editado por John Locke com artigos recuperados de revistas como Writer’s Digest [http://www.writersdigest.com], na
época mesmo das revistas pulp.
No Brasil de hoje é mais ou menos essa a equação, porém numa escala bem
menor. Em 1940, aqueles 5 mil provavelmente compravam todas as revistas (livros
de FC ainda eram raros) e todos os fanzines, mas mesmo assim as revistas de
tiragem média de 150 mil exemplares só podiam contar com eles como
multiplicadores de interesse, não como mercado principal. E os autores americanos
não tinham de enfrentar a concorrência de uma FC mais sofisticada e de maiores
credenciais –
aquilo que toda
FC não-anglófona tem de encarar.
Seduzir um público não previamente conquistado pela FC é interessante
como princípio e como conceito geral a que toda a literatura de gênero deveria
almejar, sem o velho ranço de que, ao fazê-lo, ela deixaria de ser “de gênero”.
Mas isso é muito difícil de visualizar – e de realizar coletivamente. Assim como o velho argumento de que o que
falta à FC brasileira é marketing,
não mencionando que antes falta
dinheiro para encomendar esse marketing.
Por isso é bom lembrar que, como na equação de Westerfield, entre o fã de FC e
o leitor comum existe ainda o leitor de FC que não é um fã ativo. Se o fandom brasileiro é composto de 500 fãs
que fazem todo o barulho e soltam todos os fogos, talvez haja 5 mil ou 50 mil
leitores potenciais do gênero. Mas Eles certamente são mais fáceis de abordar, e,
novamente, há aquela histórica desconfiança do público quanto à capacidade do
brasileiro de escrever literatura de gênero – seja FC, fantasia, ficção de
detetive, ficção militar ou outra qualquer.
Enfim, a
história da FC no Brasil também nos lembra que o gênero teve efervescência e
mercado (embora nenhuma respeitabilidade crítica) entre 1960 e meados de 1980 –
para depois ser impiedosamente assassinado pelos diversos planos econômicos. De
lá pra cá, a cultura empresarial das editoras
assumiu o bordão de que “ficção científica não vende”, ou passou a buscar
outros filões – auto-ajuda, literatura urbana, divulgação histórica, e
finalmente, a onda que todos surfam no momento, a literatura jovem-adulta. Isso
implica que a FC como ramo editorial está renascendo
agora, mas, em se tratando da FC brasileira,
sem acesso àqueles meios de difusão que lhe garantiriam popularidade verdadeira:
as grandes cadeias, as bancas de revista, as bibliotecas públicas e as
raríssimas adaptações para outras mídias.
E tudo num
contexto em que a maioria dos leitores não teve acesso ao estado da arte,
formado nos últimos anos no exterior. Eles precisam ser reeducados nos caminhos
que o gênero percorreu, e isso, novamente, demanda investimento, tempo e
esforço. O fandom, por promover aqui
e ali conceitos como New Weird, new space opera, FC feminista, queer e outros, dá passos miúdos nesse
sentido, e muitas vezes indica direções às pequenas editoras associadas a ele.
Então ele tem importância substancial, mesmo que não possa garantir um mercado
para os autores locais.
Fixar a ficção
científica como gênero viável aos autores brasileiros é o grande desafio de
todas as gerações, de todas as ondas. Nesse processo, o fandom de FC é ferramenta cega, associação anárquica, organismo
multicelular que se degenera e que se regenera periodicamente. Uma entidade
imponderável com a qual trombamos no Fantasticon ou na Odisseia, na blogosfera
e nas redes sociais. Tão duro de entender e administrar quanto a sociedade fora
dos muros do suposto gueto que ela manteria. Uma ferramenta sem a qual teríamos
bem menos do que temos hoje. O fandom
só não é a panacéia dos nossos desejos frustrados.
Roberto de Sousa Causo é autor dos livros de contos A Dança das Sombras (Caminho, 1999), A Sombra dos Homens (Devir, 2004), dos romances A Corrida do Rinoceronte (Devir, 2006) e Anjo de Dor (2009), e do estudo Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil (Editora UFMG, 2003), que recebeu o Prêmio da Sociedade Brasileira de Arte Fantástica.
Seus contos foram publicados em revistas e livros de dez países. Foi um dos três classificados do Prêmio Jerônimo Monteiro (1991), da Isaac Asimov Magazine, e no III Festival Universitário de Literatura, com a novela Terra Verde (2000); foi o ganhador do Projeto Nascente 11 (da USP e do Grupo Abril) em 2001 com O Par: Uma Novela Amazônica, publicada em 2008. Completando um trio de novelas de FC ambientadas na Amazônia, Selva Brasil foi lançado em 2010 pela Editora Draco.
Causo escreveu sobre os seus gêneros de interesse para o Jornal da Tarde, Folha de S. Paulo e para a Gazeta Mercantil, para as revistas Extrapolation, Science Fiction Studies, Cult, Ciência Hoje, Palavra e Dragão Brasil.
Mantém coluna quinzenal sobre ficção científica e fantasia no Terra Magazine (http://terramagazine.terra.com.br), a revista eletrônica do Portal Terra. O jornal A Tarde disse sobre ele: “Roberto de Sousa Causo é um dos mais atuantes escritores brasileiros de FC, horror e fantasia.” Vive em São Paulo, com esposa e um filho.