Por Roberto de Sousa Causo
Nos
dolorosos estertores finais de 2011, o escritor e blogueiro Tibor Moricz, autor
do romance O Peregrino (Draco, 2011),
resolveu balançar a canoa da comunidade de fãs e autores de ficção científica –
conhecida como fandom – com dois
textos provocadores. Neles, lamenta a falta de discussões e de polêmicas nesta
altura do ano, e pergunta: “Só a antropofagia nos unirá?”
A
pergunta remete diretamente ao “Movimento Antropofágico da Ficção Científica
Brasileira”, lançado em 1988 pelo escritor paulista Ivan Carlos Regina nas
páginas do fanzine do Clube de Leitores de Ficção Científica, o Somnium. Moricz já havia levantado a
mesma peteca antes, quando divulgou no seu É
Só Outro Blogue o “Manifesto Antropofágico da Ficção Científica Brasileira”,
de Regina, e o entrevistou.
Na
década de 1990, esse movimento, inspirado numa das principais tendências do
Modernismo brasileiro, dividiu opiniões, causou polêmica, produziu declarações
e ensaios publicados em fanzines, e, com erros e acertos, constituiu-se na questão literária característica da
Segunda Onda da FC Brasileira (de 1982 ao presente). Além de Regina, se
declararam simpáticos ao movimento Cesar Silva, Fábio Fernandes, Marcello Simão
Branco, Roberto Schima e eu mesmo.
Hoje
sabemos que a discussão de como ou por que trazer uma perspectiva brasileira ou
terceiro-mundista à ficção científica já era discutida antes, durante a
Primeira Onda (1958-1972), como atestam as perguntas que o escritor Walter Martins (1932-2010) dirigiu aos participantes internacionais do Simpósio de FC, o histórico evento realizado em 1969 no Rio
de Janeiro.
O
Movimento Antropofágico da FCB encerrou-se por volta de 1995, depois de Regina
compreender que seu poder de mobilização e de debate havia alcançado seus
limites. Mas é interessante que agora, quando se apresenta uma Terceira Onda de
escritores de FC no Brasil, a discussão das idéias do movimento retorne com a
intensidade que Moricz conseguiu provocar no seu blog. Parece que aqueles limites ainda não tinham sido atingidos.
O
retorno da discussão vem no rastro de declarações muito recentes que o respeitado
escritor e antologista Braulio Tavares fez à imprensa, por ocasião do
lançamento da sua antologia Palavras do
Futuro: Contos Brasileiros de Ficção Científica (Casa da Palavra, 2011).
Para o jornal O Globo, ele fez esta declaração:
“Tem muita gente lendo e gostando do gênero, e isso é ótimo. Mas há um cordão
umbilical que precisa ser partido de uma vez por todas. O Brasil precisa se descolar
dos Estados Unidos. Precisa trazer para a ficção científica o que os
modernistas fizeram em 1922.”
A
afirmativa se aproxima muito da proposta de Regina, e na discussão do É só Outro Blogue, Tavares fez novo esclarecimento:
“Na entrevista ao Globo (por
telefone), eu disse à jornalista que essa atitude antropofágica vem, pelo
menos, desde que Ivan Carlos Regina publicou nos anos 1980 o ‘Manifesto
Antropofágico da FC Brasileira’. Esta informação não apareceu na matéria final,
o que lamento.” Já em matéria de 3 de janeiro de 2012, escrita por Luiz Zanin Oricchio para O Estado de São Paulo, tem-se a
afirmativa: “Não por acaso, um autor como Ivan Carlos Regina publicou, em 1988,
seu Manifesto Antropofágico da Ficção Científica Brasileira. Inspirado nos
modernistas de 1922, Ivan entende ser necessária a deglutição radical dos
nutrientes estrangeiros para a produção da proteína nacional.”
Braulio
Tavares é a fonte desse comentário, como se vê pela crônica que ele fez para o Jornal da Paraíba,
em 23 de dezembro de 2011, na qual afirma que “O manifesto de [Ivan Carlos
Regina] critica os autores brasileiros que preferem imitar o modelo
norte-americano de FC, repetir os mesmos temas, os mesmos clichês, a mesma
linguagem – porque, vamos e venhamos, é muito mais fácil fazer ‘fanfic’ do que
literatura. (A ‘fanfic’, a ficção produzida por fãs, é quando os leitores de
Harry Potter, Star Trek, etc. escrevem suas próprias histórias utilizando esses
personagens e contextos. Não tem propósito criativo estrutural; apenas o prazer
de produzir variantes das obras originais.)” Nisso, ele vai ao encontro da condenação
de Cesar Silva, um dos editores do Anuário
Brasileiro de Literatura Fantástica, de que boa parte dos autores
brasileiros de FC são apenas fãs que se contentam em firmar sua adesão ao
gênero, sem o propósito de se expressarem ou de conduzi-lo a novas direções.
Para Tavares, o lado crítico do movimento “permanece tão atual quanto em 1988”.
“Deglutir, devorar, antropofagizar”, afirma, “implica sempre em destruir,
‘quebrar’ aquele material em seus elementos constitutivos, usá-lo como eventual
banco de dados para produzir uma literatura que não venha do impulso de imitar,
mas de dizer verdades pessoais. Literatura é a verdade pessoal de cada um, e
para essa verdade emergir precisa desligar esse piloto-automático que gera a
fanfic e a imitação.”
A
conclusão de Tavares marca um posicionamento dele que não havia sido expresso
durante os primeiros anos do movimento. Sua primeira reação foi relutante e
cautelosa quanto a qualquer coloração nacionalista ou prescritiva que o
movimento pudesse ter. Para o meu fanzine Papêra
Uirandê, ele escreveu que o mais importante para o desenvolvimento da FC
brasileira era a vantagem implícita que teríamos pela localização cultural do
país, que nos permitiria absorver influências múltiplas – de dentro e de fora
da FC anglo-americana, de dentro e de fora da própria literatura brasileira
como um todo. Não é uma declaração conflitante com a antropofagia cultural, mas
também não foi adesão clara às idéias de Regina. A crônica do Jornal da Paraíba e suas novas declarações
parecem bem mais próximas dessa, talvez porque a distância temporal clarifica
perspectivas – ou porque o momento atual da nossa FC justifique ainda mais um
retorno desse debate.
E
com certeza, o debate voltou. Os
comentários à breve provocação de Moricz somaram setenta manifestações (no momento em que escrevo este texto). Mesmo
excluindo respostas perfunctórias e ecos de comentários anteriores, é mais do
que tudo o que foi discutido por escrito, entre 1988 e 1995.
O
que esses comentários expressam acabou sendo, não obstante, muito próximo das
polarizações e posicionamentos apressados daquele primeiro debate em torno do
movimento. São imediatamente lançados apelos contra “patrulhas”, “ufanismo
extremo”, “xenofobia”, “extremismo”, “postura brasilianista” – e, fora desse
contexto em particular, contra o emprego de “estereótipos culturais”.
Além
da advertência, há e houve argumentos opositivos, do tipo “regional vs.
universal”, hoje transmutados na evocação do globalismo como tendência
inescapável, que poria de lado qualquer projeto de se apresentar a “experiência
brasileira” (expressão quase universalmente ausente do debate literário) como
singular ou significativa, ou de se explorar criticamente a nossa realidade.
O
que é “regional”, o que é “universal”? Muitas vezes, o que se diz é que a
ficção seria mais universal se carecer de índices particulares. Se abrir mão do
detalhe específico, se for vaga em
relação a de onde, de como e para quem o autor se dirige. A despeito de qualquer apelo que o
minimalismo possa ter, é difícil acreditar que uma literatura possa ser mais, por
meio da insistência em ser menos. Leon
Tolstoi recomendou: “Canta a tua aldeia e serás universal.” E para o crítico
francês Antoine Compagnon (in O Demônio
da Teoria: Literatura e Senso Comum, 1998), citando o ensaísta Michel de
Montagne, “Cada homem traz em si a forma completa da condição humana”. Muda a
conjuntura em que a condição humana se expressa, mas atravessando o outro, experimentando
a vida pelo ponto de vista dos personagens e do autor, se atinge o universal.
Na
Terceira Onda, um dos elementos centrais da retórica que emerge da interação
entre esses novos escritores parece ser a noção da identificação do autor e do
conteúdo que ele produz, com um público leitor ideal. Esse público seria jovem,
de classe média, maioria masculina e branca e com formação universitária, interessado
em novidades tecnológicas e conhecedor da FC principalmente via televisão,
cinema, quadrinhos e videogames. Resulta
daí uma busca pelo universal a partir de um único particular, mas um particular
que se apresenta como dominante. O risco maior da postura seria a extrapolação
exclusiva de um só conjunto de coordenadas sócio-culturais que pertenceriam a essa
geração de autores.
Risco porque a ficção
científica é a literatura da mudança, do estranho, do inesperado e daquilo que
hoje é apenas vislumbrado, mas que tem o potencial de alterar dramaticamente as
nossas vidas. Como escreveu (na antologia Future
on Fire; 1991), Orson Scott
Card, um dos grandes escritores que a FC já produziu, “Dúzias, centenas,
milhares de vezes [os leitores de FC] viveram o processo de apreensão de uma
realidade surpreendentemente nova. Não importa o que o futuro seja, eles já
conhecem o processo: reconhecer a contradição entre a visão familiar do modo
como as coisas são, e a nova ordem; extrapolar das contradições um novo sistema
de causa e efeito; reconstruir uma visão do modo como as coisas são que inclua
e acomode as antigas contradições; inventar o seu próprio papel na nova ordem;
agir de acordo com o seu novo papel e sua nova visão da realidade.”
Esse
seria o efeito geral da ficção
científica como gênero. Mas não significa que cada narrativa de FC o realize. O
escritor tem de buscá-lo intencionalmente, deliberadamente construindo, a partir
das suas habilidades e experiências individuais, sua visão de mudanças
potenciais e de reações possíveis. Por que uma literatura com esse potencial
visionário deveria se ater a um único conjunto de valores, em nome de uma estratégia
de mercado? Não haveria nisso um amesquinhamento da literatura – e em termos
sociais, uma falta de solidariedade para com aqueles que são diferentes?
Recentemente,
a escritora mainstream Martha Medeiros
declarou no Rascunho: O Jornal de Literatura do
Brasil de dezembro de 2011: “A literatura derruba paredes... Acho que nos
liberta da mediocridade, faz com que a gente transcenda. Porque a nossa vida é
muito estreita, muito reduzida.” Por que a ficção científica deveria andar na
contramão desse entendimento?
O
próprio processo de globalização tem nuances que o fazem escapar da idéia de
que um conjunto de valores irá colonizar todas as instâncias do planeta. O
antropólogo argentino Néstor García Canclini adverte (in Diferentes, Desiguais e Desconectados: Mapas da Interculturalidade;
2004): “Dizer que a redução do cultural ao mercado e à sua globalização
neoliberal condiciona todas as relações interculturais induz hoje a renovados
estereótipos de universalização inconsciente.” E a seguir afirma: “Os lugares
continuam a existir por continuar a existir alteridade no mundo”, e que “ler o
mundo na chave das conexões não elimina as distâncias geradas pelas diferenças
nem as fraturas e feridas da desigualdade”.
Também
posso citar, numa indicação de Nelson de Oliveira, o sociólogo brasileiro
especialista em globalização, Renato Ortiz, que opina:
“A globalização é uma totalidade que nos envolve a todos, ela cria uma nova
situação. Sua abrangência é global, mas isso não significa que o mundo seja
homogêneo. A situação de globalização redefine o nacional e o local, mas não os
elimina. [...] A discussão da diversidade só faz sentido num mundo que se
globalizou. Valoriza-se a diferença por que estamos todos na mesma situação.”
Mas com a ressalva: “Fica evidente hoje que o processo de globalização
constitui uma totalidade na qual as diferenças se manifestam. O mundo é um
todo, mas nada tem de homogêneo. Tampouco ele é plural, como diziam os
pós-modernos; as diferenças encontram-se hierarquizadas e constituem relações
de poder bem determinadas.”
Enfim,
sobre os que criticam esforços de valorização local, ele diagnostica: “Os críticos,
ao se afastarem do que eles consideram como provincianismo nacionalista,
cultivam a ilusão de serem cosmopolitas, cidadãos do mundo. Diante da
estreiteza da visão particular, afirma-se pretensamente um universalismo
abstrato. No caso brasileiro, existe ainda a herança colonial, isto é, o fato
de o país situar-se na periferia. [...] A valorização do estrangeiro termina
sendo um elemento de autoafirmação.”
Por
sua vez, uma ficção científica consciente deveria abordar todas as faces da
alteridade, as possibilidades de diferença em relação às estruturas dominantes
ou hegemônicas. No debate em torno do Movimento Antropofágico da FCB, eu lancei
uma metáfora para o que a nossa FC deveria propor: “Assim como o Brasil dos
muitos biomas é detentor da maior biodiversidade do planeta, nossa literatura
deveria refletir a mesma diversidade – a diversidade cultural do Brasil urbano
e do rural, do Brasil que fabrica satélites artificiais e do que constrói casas
de barro e sapé, do Brasil do Primeiro Mundo e do Paleolítico internado na
selva” (in Os Melhores Contos Brasileiros
de Ficção Científica: Fronteiras; 2010 ). Nesse sentido, Canclini também
observa, que, “Assim como cada vez mais tende a aceitar-se a necessidade da
diversidade biológica como condição para garantir o desenvolvimento conjunto da
humanidade, a diversidade cultural e o reconhecimento das minorias começam a
ser vistos como requisitos para que a globalização seja menos injusta e mais
inclusiva.”
Um
dos grandes problemas do movimento foi dar seqüência às idéias do manifesto de
Regina, aprofundando-as, fornecendo exemplos positivos e oferecendo
recomendações diretas. Regina insistia que seu manifesto era texto literário,
talvez temendo que ele se descaracterizasse se fossem adotados desdobramentos
ensaísticos ou acadêmicos. Talvez temesse uma interpretação prescritiva das
suaãs posições, ou apenas se sentisse embaraçado se fosse preciso apontar posturas
ingênuas dos seus pares. É difícil, por exemplo, chamar de outra coisa a
oposição automática entre “regional” e “universal”, já que ela ignora um
sem-número de complexidades a que Canclini e Ortiz se referem.
O
que existe além do horizonte retórico do movimento, e que o limitaram
gravemente, são de fato expressões bastante difíceis de dirigir aos nossos
pares: ingenuidade literária, colonização cultural, alienação, submissão ao
mercado, derivação, subserviência intelectual. Muitas delas foram atiradas
contra mim ao longo de minha carreira, e posso atestar que deixam cicatrizes.
Atualmente, Cesar Silva é a única personalidade da área que empunha impunemente
esses chicotes, porém mais para fustigar o fandom
propriamente, do que a autores individuais.
Mas
o Movimento Antropofágico teria sido de algum modo prescritivo ou dogmático, em
sua curta existência? Talvez eu tenha
sido (em minha correspondência, especialmente), na minha própria ingenuidade e
insegurança, mas o movimento como um todo foi bastante aberto. Em termos
formais e de uma recuperação da herança modernista brasileira, foi a corrente tupinipunk
da FC brasileira que realizou o projeto de Ivan Carlos Regina – e o fez
remetendo-se diretamente a essa herança, sem tomar conhecimento do seu
manifesto. São obras formalmente mais complexas e experimentais, como o romance
Santa Clara Poltergeist (1991), de
Fausto Fawcett, que Tavares cita como paradigma antropofágico.
Minha abordagem pessoal foi diferente
(só estou me aproximando do tupinipunk agora), e encontrei meus próprios
modelos, fora do movimento, do que seria interessante para a escrita de uma FC
mais interessada da experiência brasileira – como histórias de Ivanir Calado e
Gerson Lodi-Ribeiro. Em nenhum momento, porém, Ivan Carlos Regina veio me dizer
que eu me afastava dos seus ideais, ou que meu caminho era equivocado.
Num sentido mais extremo, seria possível
dizer que a afirmação dos ideais do movimento significariam uma ameaça para
quem não os partilha? Se ele firmasse um paradigma, isso implicaria em julgar a
totalidade da FC brasileira pela sua régua? Dificilmente. Os primeiros
participantes do movimento têm sido cuidadosos em apontar interesse e valor
literário num amplo espectro, e é impossível não reconhecer que muitos
escritores podem contribuir fortemente para a evolução do gênero no Brasil, sem
tocar diretamente na realidade ou na cultura brasileiras. Obras como Piscina Livre (1980), de André Carneiro,
Do Outro Lado do Protocolo (1985), de
Paulo de Sousa Ramos, ou O 31.º Peregrino
(1993), de Rubens Teixeira Scavone, estão entre os melhores exemplos.
Além disso, parte da lógica subjacente
ao movimento e sua denúncia da imitação de clichês (e da aceitação acrítica da
ideologia que muitas vezes vem com eles) pressupõe uma consciência do lugar do qual falamos. E o lugar específico
da FC no sistema literário brasileiro ainda é perfeitamente secundário e
periférico. O lugar do movimento antropofágico dentro da FC brasileira é ainda mais secundário. Sua voz
francamente miúda e minoritária não tem poder de realizar qualquer
patrulhamento, mesmo que quisesse. Tudo o que faz é lançar breves conclamações
e fornecer umas poucas metáforas que poderiam orientar uma abordagem, uma busca que venha substanciar a emersão
daquela “verdade pessoal” de cada escritor, de que Braulio Tavares falava.
Essa voz recebeu um poderoso reforço com
as novas opiniões de Tavares, mas não se tornou menos minoritária, como deixou
claro a resposta a esta que foi claramente a segunda rodada do debate antropofágico.
Mas
a resposta também deixou claro que nunca esse debate foi tão necessário. Individualmente,
autores podem se isolar, mas as questões literárias são o sangue e a alma de
uma literatura. No finalzinho de 2011, o Movimento Antropofágico da Ficção Científica
Brasileira retornou para sugerir que ainda tem fôlego para ser uma questão
viva, entre os autores da Terceira Onda.
Roberto de Sousa Causo é autor dos livros de contos A Dança das Sombras (Caminho, 1999), A Sombra dos Homens (Devir, 2004), dos romances A Corrida do Rinoceronte (Devir, 2006) e Anjo de Dor (2009), e do estudo Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil (Editora UFMG, 2003), que recebeu o Prêmio da Sociedade Brasileira de Arte Fantástica.
Seus contos foram publicados em revistas e livros de dez países. Foi um dos três classificados do Prêmio Jerônimo Monteiro (1991), da Isaac Asimov Magazine, e no III Festival Universitário de Literatura, com a novela Terra Verde (2000); foi o ganhador do Projeto Nascente 11 (da USP e do Grupo Abril) em 2001 com O Par: Uma Novela Amazônica, publicada em 2008. Completando um trio de novelas de FC ambientadas na Amazônia, Selva Brasil foi lançado em 2010 pela Editora Draco.
Causo escreveu sobre os seus gêneros de interesse para o Jornal da Tarde, Folha de S. Paulo e para a Gazeta Mercantil, para as revistas Extrapolation, Science Fiction Studies, Cult, Ciência Hoje, Palavra e Dragão Brasil.
Mantém coluna quinzenal sobre ficção científica e fantasia no Terra Magazine (http://terramagazine.terra.com.br), a revista eletrônica do Portal Terra. O jornal A Tarde disse sobre ele: “Roberto de Sousa Causo é um dos mais atuantes escritores brasileiros de FC, horror e fantasia.” Vive em São Paulo, com esposa e um filho.