7 de jun. de 2011

Todas as e-Oficinas para novos escritores, por Paula Cajaty

Leitores d'O BULE,


a primeira temporada da e-Oficina para novos escritores, idealizada pelo O BULE e escrita pela Paula Cajaty, chegou ao fim. Para quem não leu as boas dicas da autora, eis abaixo todos os seus textos publicados n'O BULE. Para quem já leu e achar que vale a pena relê-los, fique à vontade. E em setembro, não perca a segunda temporada da e-Oficina para novos escritores, com mais dicas utilíssimas.

1) Uma advertência necessária


Quem busca escrever, seja profissionalmente ou não, e quer publicar sua produção escrita, enfrenta três fases bastante distintas, cada uma com suas dificuldades específicas: uma primeira, em que produz o seu conteúdo e prepara esse conteúdo até a aceitação de uma editora; uma segunda fase, em que concentra seu tempo e energias na interação com a editora ou a gráfica e administra os detalhes do lançamento; e, finalmente, a terceira, que é a divulgação desse livro, bem como a retomada da produção escrita.

2) Caindo na real - como esbarrar no que se chama 'a visão da obra'


Escrever também não é um trabalho que resulte em pagamento de salário ao final do primeiro mês, após terminada a primeira linha escrita. É um trabalho em geral não remunerado ou, na melhor das hipóteses, mal remunerado, à exceção óbvia dos autores dos best-sellers internacionais. Desta forma, o aspirante a escritor já deve ter uma outra alternativa à sua manutenção, antes que se dedique à arqueologia das palavras.

Assim que puder reunir um bom número de textos e notar que já escreve com certa desenvoltura, de forma organizada e sistêmica, é hora de pô-los à prova. E seguir em frente, arriscando um novo passo.

Uma editora é também uma casa comercial, que depende de dinheiro e enfrenta todos os riscos e flutuações de mercado. Aliás, um mercado complexo, pois é mais fácil vender água, café e pão de queijo numa mega-livraria do que algum livro (dentre milhares).

Há um momento em que o escritor já descobriu seu caminho, seu tema, sua voz. E já escreveu e re-escreveu muitas vezes, até chegar no ponto em que tomou coragem de se exibir e mostrar seus escritos para os amigos, para a família, para os professores. E foi além: procurou e contratou consultores personalizados, editores frila, revisores, jornalistas, e realizou oficinas livres com os escritores que julgava mais capazes.

De todo modo, não vá se animando todo assim que imprimir aquilo que será a primeira espiral com o seu novo livro, assim que você tenha terminado de digitar a palavra FIM. Depois de impresso o texto, ainda há muito o que se fazer.


Abraços dos
Editores.