28 de fev. de 2011

Homenagem a Benedito Nunes e a Moacyr Scliar

Em um só final de semana, o Brasil perdeu dois grandes nomes do universo das letras: o professor, filósofo, ensaísta e crítico literário Benedito Nunes e o escritor Moacyr Scliar. O interessante é que ambos, embora tendo alcançado projeção nacional e internacional, não arredaram pé da terra natal: Benedito Nunes passou a maior da vida no Pará, e Scliar, em Porto Alegre. O BULE rende aqui homenagem a esses dois grandes mestres do universo intelectual e literário brasileiro.


BENEDITO NUNES
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Benedito José Viana da Costa Nunes (Belém, 21 de novembro de 1929 – Belém, 27 de fevereiro de 2011) foi filósofo, professor, crítico de arte e escritor brasileiro.
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Foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, que depois foi incorporada à Universidade Federal do Pará – UFPA. Ensinou Literatura e filosofia em outras universidades do Brasil, da França e dos Estados Unidos. Escreveu artigos e ensaios para jornais e publicações locais, nacionais e internacionais. Aposentou-se como professor titular de Filosofia pela UFPA, tendo recebido o título de Professor em 1998. No mesmo ano, foi um dos ganhadores do Prêmio Multicultural Estadão.
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É autor de O drama da Linguagem, uma leitura de Clarice Lispector; O tempo na narrativa; Introdução à Filosofia da Arte; O dorso do tigre (ensaios literários e filosóficos); João Cabral de Melo Neto (Coleção Poetas Modernos do Brasil); Oswald Canibal (Coleção Elos); Passagem para o poético; A filosofia contemporânea; No tempo do niilismo e outros ensaios e Crivo de Papel (ensaios literários e filosóficos).
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Benedito Nunes recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura em 1987 e o Prêmio Machado de Assis em 2010.


MOACYR SCLIAR
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Moacyr Jaime Scliar (Porto Alegre, 23 de março de 1937 — Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2011) foi escritor, médico sanitarista e professor universitário.

Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público bastante amplo de leitores, e em 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários como o Jabuti ( 1988, 1993 e 2009), o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (1989) e o Casa de las Américas (1989).

Suas obras frequentemente abordam a imigração judaica no Brasil, mas também tratam de temas como o socialismo, a medicina (área de sua formação), a vida da classe média e vários outros assuntos. O autor já teve obras suas traduzidas para doze idiomas.

Em 2002 ele se envolveu em uma polêmica com o escritor canadense Yann Martel, cujo famoso romance A vida de Pi, vencedor do prêmio Man Booker, foi acusado de ser um plágio da sua novela Max e os felinos. O escritor gaúcho, no entanto, diz que a mídia extrapolou ao tratar do caso, e que ele nunca teve o intuito de processar o escritor canadense.

Entre suas obras mais importantes estão os seus contos e os romances O ciclo das águas, A estranha nação de Rafael Mendes, O exército de um homem só e O centauro no jardim, este último incluído na lista dos 100 melhores livros de temática judaica dos últimos 200 anos, feita pelo National Yiddish Book Center nos Estados Unidos.

Fonte de Pesquisa: Wikipédia.