12 de jul. de 2010

Tributo a Roberto Piva: parte final


Nesta segunda parte do tributo ao poeta Roberto Piva, O BULE publica os poemas-homenagem. Cada poeta convidado, mesmo tendo a sua linguagem própria, deixa-se tomar, neste caso, pelo fluxo da linguagem surrealista e delirante do autor de Estranhos sinais de Saturno e Paranoia.

Piva fascina, principalmente, pela extrema liberdade e ousadia com que compôs seus poemas, tanto em relação à linguagem quanto em relação à temática. O leitor poderá constatar isso no poema Praça da República dos meus sonhos, que publicamos aqui, seguido de uma minibiobibliografia.

Apresentamos, ao final, mais alguns links contendo informações sobre Piva ou poemas de sua autoria. Pensamos que dessa forma contribuímos para aproximar os internautas de sua obra rica e provocante.

Nosso muito obrigado a todos os que contribuíram para que essa homenagem se tornasse possível.

Bom mergulho na poesia que nasce sob o signo da alma xamânica e libertária de Piva.

Os Editores.


POEMAS-HOMENAGEM



PROFANO PROPHETA [soneto 3390]

Por Glauco Mattoso

Esperma de palavra se deriva
em fertil mente e em lyra creativa.

Semantica ou syntaxe, só, não basta
nem são imprescindiveis metro e rima
si a escripta surprehende e a penna é vasta.

Conheço um tal poeta e nelle vejo
de olympicas metropoles o exgotto,
o gozo azul de impubere garoto,
o samba em harpa e o rock em realejo.

É magico e sublime o pederasta
que do maldicto mytho se approxima
e do castiço canone se afasta.

No orgasmo oral dos jovens está viva
a chamma que deixou Roberto Piva.

(Publicado, originalmente, na revista Germina Literatura)


VELHOS

Por Horácio Costa

Descendo a Rua Mato Grosso
Em Higienópolis
Nesta manhã de segunda
Diviso no sentido contrário
O poeta Roberto Piva
Um dos mais importantes
Vivos
Deste país

Estou à direção de meu carro
E acabava de observar
Pelo contador de quilometragem
O número 85358
Me parece muito
Muitos quilômetros rodados
E me chamou atenção pela simetria

Meu carro está ficando velho
Eu estou ficando velho
O Roberto Piva
De camiseta estiva branca e bermuda azul
Tem Alzheimer e caminha meio bambo
Pela calçada da Rua Mato Grosso
Em Higienópolis

É um grande poeta
Um monumento municipal
Desta cidade que ele viu
Crescer da província ao estrelato
No Japão seria um Tesouro Nacional Vivo

Justamente, estava a caminho
Do Centro Cultural Tomie Ohtake
Em Pinheiros
E aqui estou agora
A Tomie Ohtake é nonagenária

Vim pegar no Setor de Documentação
Fotos nas quais apareço
Conversando com o Saramago
No vernissage de sua exposição
Em Dezembro passado

O José está bem velho
Diminuiu de tamanho desde a última vez que o vi
Conheço-o há 25 anos e não tenho
Fotos com ele

Quando o conheci ninguém queria saber muito dele
Mas ele escreve prosa de ficção
Muito boa
E hoje é o Nobel da língua
Portuguesa

O Roberto Piva
Escreve poesia
Boa também
Mas ao contrário do número no painel
Do meu carro que está ficando velho
Não há simetria entre
Prosa e poesia

Nesta manhã de verão
Descia
Tropegamente
A rua Mato Grosso
Em Higienópolis

(SP 2 II 09)


[SEM TÍTULO]

Por Ricardo Corona


ferozes motores acordam o menino curandeiro para cruzar o céu decifrado. o boing engole o vácuo pelas nadadeiras laterais e abre uma brecha no tempo. o menino curandeiro retomará a brincadeira dos mundos em outro lugar. decalcará palavras na página com a pele adolescente macerada debaixo das unhas. e colocará no bolso de estampa mais bonita os mais ásperos pensamentos. céus continuarão em seu mocó com nuvens-insetos que tecem as LINHAS DA PALMA.


SAMPARAGUAI, REGURGITANDO O ESCÁRNIO

E para que ser poeta em tempos de penúria? (Roberto Piva)

Por Silas Corrêa Leite

A grande metrópole de Sampa entregue a tantos demônios
De máfias e quadrilhas do crime organizado paraestatal
(Inclusive o miolo formal das privatarias, privatizações-roubos)
Pela falsa lei de oferta e procura com subornos no entorno
O mercado-cadela parindo monturos de rejeitos sociais
O narcocontrabando informal e os new-richs da terceirização
Prostitutas, travestis, e os excluídos sociais entre favelados
E marginais baratos rendidos ao jogo de aparências e ao crack
Na cidade grande o núcleo do charco iluminado pra consumo
Entre estátuas e cofres e restos de seres entre tantas vendas
A consciência-formiga querendo o açúcar das noites efêmeras
Entre a tecnologia cabritada e a sensibilidade hollywoodiana
Numa augusta sampa que cria modelitos para o resto do Brazyl
Embrutecida urbe de escarros e dejetos entre abraços de palhas

Totens, bancos, catedrais - e parasitas de todos os estilos
Personagens bizarros, decrépitos; revistarias de novidades sórdidas
O álcool-íris das cirroses letrais como furos de labirintos e panelas
Arames-fariseus, lamúrias com discórdias consentidas
E jugos superiores no status-quo a preço de vidas descartáveis
E a cidade grande feito Samparaguai sitiada entre guaritas
Pelo cinturão verde da muamba chinesa entre parasitas
E o dólar neoliberal do neoescravismo inconsequente

Tabletes de felicidade química em pó marmóreo sulatino
Ah Geração Teflon que esquenta mas não quer aderência
Cérebros-barrinhas-de-cereais com esquisitices exóticas
O bordel excelência da Avenida Paulista de liberais escrotos
As máfias da expropriação et caterva por atacado
Os cérebros nanicos de aluguéis gerando lucro com a fome
As proust-trutas de uma peregrinação miserável para a sobrevida
O câncer social via Pinóquio de Chuchu e outros leprosários
Tudo um gigante Carandiru a céu aberto com bandeiras do Brasil

Os beco-hambúrgueres ardis, estacionamentos-cidades hostis
Os guetos-tubainas, cortiços e a sofrida periferia S/A
As oxige-nadas da alta sociedade num podre pop-star
A tevê que esconde a senzala mas se mostra cloaca
O governo paralelo do crime organizado nutre e viça
As propinas estatais pró-partidárias de tucanos insanos
Professores ganhando salário de mendigos na exclusão proposital
Quadrilhas em praças de pedágios entre brucutus fantasmas
E o cogumelo do self; a sopa de egos-bandeirantes, assaz sina
Tudo putrefetado em modus operandi ordem e progresso
A nova mpb que não é nova não é popular e não é brasileira
A cultura pindorama miojo-nojo de almanaque de ocasião
A sazonal oposição caça-níquel à república de Brasília

Os operários da web com barrrigas de tanquinho e links dúbios
Na esquina da Ipiranga com a São João a máfia dos transportes
E Samparaguai prevaricando improbidades públicas
O minimo estado cínico corrupto e inumano e amoral
O patê de víboras na sala vip das autoridades histéricas
O som jeca com grife, na orgia pagã-pirata, a elite branca
O cadafalso do rodo-anel que foi um tremendo roubo-anel
O cassino estaiado superfaturado para agradar a gregos e baianos
Sociedade hipócrita de sampa e seus universos paralelos, primatas
A midia-nódoa, o crime de obras inúteis sem castigos sonhados

O lucro fóssil, o poder camarão, os caras de pau
Marginais engabelando capos de surubas com erário público
As tecnologias de cipós entre regimes de exceção e arbítrio
O turismo lepra, pedofilias e tráfico de influências sistemizadas
Ongs de araque em campus minados de consciências com glosas
O centro velho entre velhacos de porões e arranha-céus decadentes
Nas periferias mutantes com machadinhas de raps mandorovás
As tetas do capitalhordismo americanalhado e circo e pão e brioches
Descarregos-pivôs entre o boi-bumbá e os migrantes com ódio-ópio
E os orientais chegando... chegando... para o futuro chino-brasilis
Depois do afrobrasilis-tupídavidico e suas orgias natividades...

Os nóias filhinhos de papai em clãs falsos como notas de três reais
Os seres-reses em situação de rua - não constam em estatísticas
O morumbi (se gritar pega ladrão não fica um na geografia-beronha)
As importações insensíveis e o medo de mudanças que mudem mesmo
A mágica do dezelo público impune re-elegendo quem rouba e diz que faz
Discórdias sindicalizadas com pelegos no flanco querendo levar vantagem
Caras pintadas subjugados com medo da cota dos negros aos brancos
Condomínios sitiados por favelas, enchentes e ladrões de faróis
A Máfia do Lixo em contratos que cheiram mal e se consumam

(Trombadinha é a fome)

A bela prostituição generalizada de grosso calibre
As pegações-ping-pong dos estábulos entre jecas e rodeios criminosos
A manada de parangolés embrutecidos pela cidade desmiolada
Futebol-marionete entregue ao deus-dará da lavagem de dinheiro
A antimateria, a antipoesia, a marginália querendo gangrenar miolos
Tecnologias efêmeras, assédios de consumos em amebas com grana
Uma espécie de sub-rota para uma fuga em massa pra Miami-Esgoto
Alckmin, CPIs abortadas, bem parecendo um genérico de Collor-cover
O ladrão municipal e o ladrão estadual no mesmo antro cordial
Criticando uma Brasília federal com seus asnos e seus sonhadores
A justiça caolha e canalha de uma elite sem pudor em falsos credos
A imprensa marrom de um caostólico que cheira a formol
O padre-circo, o pastor-bunker, o espírita flanelinha num bat-macumba
E os jumentos da espécie entre universiotários e o sertãonojo
De brasis gerais em sépias de gruas entre o cimento armado

Os demônios do lucro amoral, riquezas injustas, propriedades-roubos
Lucros impunes - e os emo – ai de ti paulicéia desvairada
O rei rói a roupa do rato do maracatu atônito
Alguma brega parada suspeita, ou balada ou rave
O luxo-fusco: compram e gastam para saciar rebeldias inócuas
Lexotam: tomam coke zero e arrotam poses com flatulências sonoras
As tetas da vaca sampa suga sangue suor e a alma
De crianças e jovens, entre grades e aparelhos no dente como gps

E somos todos engabelados pelo corvo do consumo vil, na volúpia
Um Samparaguai sujo pela marginália de tantos num cardume
Entre fracassos-drops e casagrandes de oprimidos

Não conduzimos: somos conduzidos
Basta ver

No poder

De terno, gravata, túnica, toga, farda

E colarinhos brancos, os bandidos!

(Publicado, originalmente, na revista Germina Literatura)


EVOÉ LAROIÊ PIVA

Por José Geraldo Neres


no ventre paulistano
um MASP rachado
brinca de ser menino
de apunhalar as praças

memória devorada por suas tripas
templos & centopeias
cidade & anjos engraxates
nos lábios jogos noturnos
a porta & suas locomotivas
sinto as torres & o relógio sem nuvens
& o choque do cérebro

adormeço
– o suspiro da carne –

o girassol rói os olhos da morte

como atravessar espelhos se na vitrola
sugadora de desertos

os ponteiros se dissolvem

o tempo abre a janela de Breton

(do livro "Outros silêncios", Escrituras Editora, 2009; o original foi entregue em mãos ao Piva em seu apartamento na Santa Cecília, São Paulo)


MORREU O POETA ROBERTO PIVA

Por Jaime Leitão

O poeta mais paulistano morreu.
O poeta cosmopolita morreu.
O poeta marginal morreu.
Roberto Piva grita os seus poemas
pelas ruas de São Paulo
vivo
apesar de morto.
Ninguém escuta.
O trânsito caótico
a loucura
a pressa vertiginosa
impedem
que Roberto Piva
diga um poema de sua autoria
para lembrar
que a poesia não morre.
Roberto Piva
é um poeta
de ação.
A sua palavra é um manifesto
poético
que não termina.
Roberto Piva morreu.
Quem é Roberto Piva,
pergunta um passageiro
esperando
o próximo trem no metrô.
Chega o trem,
o passageiro entra
e nem se lembra mais da notícia
que voou nos seus ouvidos
como um pássaro fugaz
e etéreo.

(Publicado, originalmente, n o blog de Leituras e Propostas)


DESAFIO À ORDEM ESTABELECIDA

Por Rubens Shirassu Jr.


Os hóspedes incômodos
arrombam e devoram o interior
da casa na ordem do dia
Como um vento, arrastam
retalhando a vida
no verão dos dentes enfurecidos
Maquinaria, animália
face encarnada
na transitória passagem
da noite, impressa com sangue,
dor, solidão e desemprego
O poeta anda errante
pela Avenida das Esfinges
correndo da máquina
devastadora

II

Chamar o animal tutelar.
Conhecer a natureza paralela
novas tribos. Seguir a viagem xamânica
vida & poesia experimental
À deriva no rio da existência,
chinelo cósmico
pé-na-estrada luminosa
deixar de ser bibelô-eunuco
deste teatro máquina
registradora, paraísos artificiais
voltar a ser bruxo
nas matas e litorais.

(Grafitti para Roberto Piva, publicado no livro Cobra de Vidro, 1991, e-book independente, Presidente Prudente, São Paulo)


UM POEMA DE PIVA

PRAÇA DA REPÚBLICA DOS MEUS SONHOS

A estátua de Álvares de Azevedo é devorada com paciência pela paisagem
              de morfina
a praça leva pontes aplicadas no centro de seu corpo e crianças brincando
              na tarde de esterco
Praça da República dos meus sonhos
              onde tudo se faz febre e pombas crucificadas
              onde beatificados vêm agitar as massas
              onde Garcia Lorca espera seu dentista
              onde conquistamos a imensa desolação dos dias mais doces
os meninos tiveram seus testículos espetados pela multidão
lábios coagulam sem estardalhaço
os mictórios tomam um lugar na luz
e os coqueiros se fixam onde o vento dasarruma os cabelos
Delirium Tremens diante do Paraíso bundas glabras sexos de papel
              anjos deitados nos canteiros cobertos de cal água fumegante nas
              privadas cérebros sulcados de acenos
os veterinários passam lentos lendo Dom Casmurro
há jovens pederastas embebidos em lilás
e putas com a noite passeando em torno de suas unhas
há uma gota de chuva na cabeleira abandonada
enquanto o sangue faz naufragar as corolas
Oh minhas visões lembranças de Rimbaud praça da República dos meus
              Sonhos última sabedoria debruçada numa porta santa

(Poema do livro Paranoia, publicado em 1963, pela Massao Ohno, e republicado em 2000 pelo Instituto Moreira Salles)



Roberto Piva nasceu em 1937, na cidade de São Paulo, onde sempre viveu. Figura ativa no meio cultural e poético paulistano desde a juventude, teve seus primeiros poemas publicados na célebre Antologia dos novíssimos (Massao Ohno, 1961). Publicou os livros de poemas Paranoia (Massao Ohno, 1963, Instituto Moreira Salles, 2000), Piazzas (Massao Ohno, 1964, Kairós, 1980), Abra os olhos e diga ah! (massao Ohno, 1975), Coxas (Feira de Poesia, 1979), 20 poemas com brócoli (Massao Ohno/Roswitha Kempf, 1981), Quizumba (Global, 1983), Antologia poética (L & PM, 1985) e Ciclones (Nankin, 1997). Todos esses livros foram reunidos nos volumes Um estrangeiro na legião, Mala na mão & asas pretas e Estranhos sinais de Saturno (Globo, 2005, 2006, 2008).



JOÃO SILVÉRIO TREVISAN SOBRE ROBERTO PIVA

Por João Silvério Trevisan

Além de ter sido um amigo querido, Roberto Piva foi um personagem tão inesquecível quanto sua obra. As histórias que o cercavam constituem quase uma lenda, que ainda será contada, com tudo aquilo que implica de graça, inconformismo e criatividade. O clima de liberdade exacerbada perpassava igualmente sua poesia e sua vida. Ler sua obra é conhecer sua vida, e vice versa. Numa de suas tantas sacadas genais, Piva afirmava que "poesia é aquilo que sobra da orgia". Cheio de contradições, nunca se preocupou em não tê-las. Seus poemas eram escritos a mão. Sempre pedia que alguém os passasse a limpo. Nunca usou máquina de escrever e, menos ainda, computador. Não que não fosse antenado com o seu tempo. Mas gostava de juntar as pontas. Definia-se como um monarquista anarquista. Admirava os clássicos, mas suas leituras eram instigadas pelo desejo de compartilhar com os modernos e dialogar com seu tempo. Crítico do comunismo, amava Pier Paolo Pasolini, ex-comunista. Julgava o cristianismo a fonte de grandes males da humanidade, preferindo voltar aos valores pagãos. Feroz crítico da decadência da sociedade tecnocrática, era fã das corridas de carro da Fórmula 1. Muito antes da ecologia virar moda, Piva cultivava a sacralidade da natureza. Visitava regularmente o parque da Água Branca, para celebrar a natureza e tomar sol. Sempre que conseguia uma carona, ia para o mato nos arredores de São Paulo, para se encontrar com o gavião, seu animal xamânico. Seus poemas vinham em rompantes epifânicos. Era um adorador da beleza dos adolescentes, e sempre encarou o amor como um direito que não tem idade. Era um erudito no sentido mais legítimo. Lia incessantemente, e chegava a se endividar para comprar livros que considerava fundamentais, e que encomendava em livrarias importadoras. Suas leituras não convergiam para intelectuais da moda. Detestava a norma de que o trabalho dignifica o homem. Aliás, detestava a normatização dos valores humanos. Incomodou muita gente porque era incômodo, às vezes até mesmo a nós seus amigos. O viés paranóico que inaugurou sua obra funcionava como balize de sua vida. Era paranóico de fato, muitas vezes me atormentando com seus medos. Tinha pânico de avião, um dos motivos pelos quais não fazia viagens longas -- jamais para fora do Brasil. Adorava comer, e comer bem, se possível sem pagar. Para tanto, gostava de ser convidado . Beber vinho fazia parte da sua celebração dionisíaca. Quando eu viajava ao exterior, Piva fazia listas de presentes que queria. Quando voltei ao México em 2009, pediu que eu lhe trouxesse um objeto xamânico e uma lembrança de Nossa Senhora de Guadalupe, a seu ver uma força pagã que os cristãos cooptaram. Uma vez me deu de presente um tambor com uma varinha de goiabeira, para fazer preces xamânicas, que tenho até hoje em lugar de destaque na minha sala. Com a morte de Roberto Piva, perdi um grande amigo e interlocutor (mesmo quando divergíamos em política, o que acontecia frequentemente). Sua lição de poesia vai ficar como seu legado. Ela me ajuda a iluminar a vida e, espero, me acompanhará até a morte.



POEMAS DE ROBERTO PIVA

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TEXTOS SOBRE ROBERTO PIVA

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