22 de jun. de 2012

Retorno

Por Daniel Lopes

Pela fenda da fêmea
É impossível rasgar o concreto e ser
A fenda da fêmea é origem e segredo
Dela, desprendem-se o cordeiro e o leão
Dela, o desespero avista
A luz e o roseiral
Mergulhar na fonte
Com os dedos no abismo
Traz à tona a fera
Talhadeira que rompe a casca
E permite participar do vazio
Onde não há mais dominado
Ou dominador
Só a paz de voltar ao um