11 de mai. de 2012

Fandemônio nº 5: Me dá uma pra viver

Por Roberto de Sousa Causo

Eu cresci em uma cidade do interior do Estado de São Paulo, chamada Sumaré, e não tenho problema algum em admitir que, até onde eu saiba, o melhor escritor que Sumaré já produziu é o dramaturgo e cronista Walter Cavalcanti de Paiva. Nós nos conhecemos lá por 1988, no Clube de Literatura de Sumaré, criado pela bibliotecária Terezinha Ongaro Monteiro de Barros, que na época chefiava a biblioteca pública. Eu lá lidava com ficção científica, é claro, e um dia, anos depois, Walter me disse – veja que ele não perguntou, mas me disse – que a ficção científica era a minha utopia.
“Mas qual ficção científica, exatamente?”, eu perguntei. “A da invasão da Terra por alienígenas, a da distopia totalitária, a da superpopulação ou a do pós-apocalipse nuclear?”
Moral da história: ficção científica não é ideologia, é só um gênero literário – o que justifica a sua abordagem de temas duros e sombrios, aos quais ninguém em sã consciência poderia atribuir qualquer aspecto utópico.
É claro, uma história de FC pode ter uma ideologia. Certamente, a ficção científica que foi escrita em países soviéticos devia ser comunista, e a FC escrita nos Estados Unidos devia ser bem capitalista, assim como a FC francesa seria... Sei lá, pós-estruturalista?
O escritor cubano Yoss (José Miguel Sánchez) contou uma história divertida, no Festival Utopiales 2002, em Nantes. Num painel sobre ficção científica global, ele contou que publicou um romance de FC no qual ainda existiria capitalismo no futuro – e foi imediatamente processado pelo governo de Cuba, país no qual o único romance de FC americana liberado para a publicação e leitura era Os Mercadores do Espaço (The Space Merchants; 1952), de Frederik Pohl & C. M. Kornbluth, uma crítica sarcástica ao consumismo.
Yoss, de qualquer modo, foi salvo pelo gongo: seu processo foi suspenso quando caiu o Muro de Berlim. “Obrigado, Gorbashev. Bem na hora!”, exclamou, referindo-se ao fato de o então presidente do Partido Comunista da União Soviética ter permitido o fim da divisão da Alemanha, ao evitar a repressão a protestos na Alemanha Oriental. Aparentemente, as autoridades cubanas passaram a aguardar os desenvolvimentos – e Yoss se safou por uma eventualidade histórica. O episódio, por outro lado, mostra como posições extremas enxergam ideologicamente as especulações imaginativas da ficção científica.
O escritor do noveau roman francês Michel Butor lamentou justamente que a FC enfraquecia seu potencial de “mitologia do nosso tempo”, ao realizar uma multiplicidade de idéias e cenários. Butor sugere – no ensaio “Science Fiction: The Crisis of Its Growth” – que seus escritores deveriam trabalhar coletivamente na criação de um único universo ficcional: “A FC, se conseguisse se limitar e se unificar, seria capaz de adquirir acima da imaginação individual um poder de constrangimento comparável ao de qualquer mitologia clássica.” A proposta de se desenvolver coerentemente um mesmo cenário, que Butor chama de “cidade” e que eu interpreto como “utopia”, levaria os leitores a “organizarem suas ações em relação à sua existência eminente, e derradeiramente eles seriam obrigados a construí-la”. A última sentença do ensaio deixa claro o quanto Butor desejava que a ficção científica assumisse o papel de uma ideologia: “É fácil ver que prodigioso instrumento de libertação ou de opressão [a FC] poderia se tornar.”
Nesta coluna eu tenho pregado a variedade como ingrediente primordial do gênero, e não custa citar novamente Orson Scott Card, que explica o funcionamento da FC a partir dessa perspectiva: “Dúzias, centenas, milhares de vezes [os leitores de FC] viveram o processo de apreensão de uma realidade surpreendentemente nova. Não importa o que o futuro seja, eles já conhecem o processo: reconhecer a contradição entre a visão familiar do modo como as coisas são, e a nova ordem; extrapolar das contradições um novo sistema de causa e efeito; reconstruir uma visão do modo como as coisas são que inclua e acomode as antigas contradições; inventar o seu próprio papel na nova ordem; agir de acordo com o seu novo papel e sua nova visão da realidade.”
Seria justamente essa variedade de experiências o que permite ao leitor de ficção científica enxergar como mudanças de naturezas diversas (tecnológicas, políticas, econômicas, sociais, culturais e filosóficas) operam ao longo do tempo, ou a quais resultados determinadas circunstâncias podem chegar, a partir daquilo que a FC faz costumeiramente, que é extrapolar contextos atuais. Daí surgiria uma forma de senso crítico particular aos leitores do gênero, e sua função de quebrar os condicionamentos sócio-culturais. Isso nos leva ao conteúdo de uma carta de Isaac Asimov, escrita em 1966. “Eu sempre declarei que uma das virtudes da ficção científica é que ela pode romper qualquer tabu sem ter que ser ‘ousada’”, disse o Bom Doutor, naquilo que eu interpreto da seguinte maneira: a ficção científica alcança os efeitos das vanguardas literárias mas de modo acessível, sem a arrogância implícita de dizer que se anda na frente dos outros.
Mas se me perguntassem, na lata, qual é a ideologia da FC mais bem-sucedida do mundo, a norte-americana, eu diria que ela seria, ou estaria muito próxima, do libertarianismo.
Também chamado de “liberalismo clássico”, o libertarianismo (ou “libertarismo”) enfatiza a autonomia e as liberdades individuais, que, se deixadas em paz para se expressarem sob forma de livre-mercado e livre-iniciativa, conduziriam, por um princípio positivo de organização espontânea, a uma condição mais avançada de sociedade, menos propensa à guerra e à opressão. Em geral, o libertarianismo é contrário às intervenções do Estado – que deveria existir apenas para garantir direitos civis – sobre indivíduos, empresas e sociedade, e denuncia o poder coercitivo dos governantes. Para essa filosofia política e econômica, os indivíduos deveriam ser visados pelo poder apenas quando não respeitassem os direitos dos outros, e a natureza humana ­­e sua suposta base moral natural triunfarão se o Estado se retrair e deixar que a sociedade civil se auto-organize.
Para a maioria dos fãs brasileiros de ficção científica, essa ideologia passa batida como “coisa de americano”. De fato, muito do libertarianismo caracteriza a sociedade americana, embora institucionalmente o Partido Libertariano não tenha a força dos dois partidos dominantes nos Estados Unidos, o Democrata e o Republicano.
Graças à minha dieta de FC e outros produtos culturais americanos – o romance Uma Vez uma Águia (Once an Eagle; 1968) de Anton Myrer em particular –, fui muito influenciado pelo pensamento libertariano. É evidente que uma sociedade será mais positiva na medida em que seus cidadãos, individualmente, estiverem empenhados em contribuir para com ela e a agir honestamente no interior dela. Assim como parece evidente que governos e burocratas exorbitam as suas funções. Basta olhar para a opressão econômica que o governo brasileiro exerce sobre nós, com uma carga tributária de 35,13% do PIB, o que limita o poder de decisão individual do brasileiro sobre o usufruto do seu trabalho – especialmente perante do retorno insatisfatório desses impostos sob a forma de serviços essenciais, e diante dos níveis de corrupção no país.
Na FC, basta pensar na obra de Robert A. Heinlein (1907-1988), autor americano que foi socialista na juventude, mas que na década de 1950 já se inclinava para o libertarianismo. Seus romances Um Estranho numa Terra Estranha (Stranger in a Strange Land; 1961), Revolta da Lua (The Moon Is a Harsh Mistress; 1966) e Amor sem Limites (Time Enough for Love; 1973) foram eleitos para o Hall da Fama do Prêmio Prometheus, criado em 1979 para obras de FC de cunho libertariano. O prêmio é entregue pela Libertarian Futurist Society, criada em 1982. A sua mera existência já diz muito sobre o quanto o libertarianismo pesa na conta da ficção científica.
Heinlein foi imensamente influente, conquistando gerações de fãs que cresceram lendo os seus romances juvenis. Foi em algum momento o autor americano de FC mais popular, popularidade que nunca se refletiu aqui no Brasil – o que sugere o quanto nós estamos longe dessa visão político-econômica (ou talvez seus livros tenham aparecido num momento delicado, durante a ditadura militar, quando os discursos libertários eram exclusivos pela esquerda marxista). Mas também é sintomático que a militante do capitalismo radical, Ayn Rand (1905-1982), uma americana que passou a juventude na Rússia comunista, tenha escolhido dramatizar suas idéias na forma de bojudos romances de FC (lançados recentemente no Brasil pela Editora Landscape) como A Nascente (The Fountainhead; 1943) e A Revolta de Atlas (Atlas Shrugged; 1957). Hoje, Allen Steele, com a premiada série Coyote de FC hard, parece ser um dos muitos herdeiros de Heinlein a manter a bandeira do libertarianismo fincada no planeta FC.
Às vezes definido como liberal em termos sociais e conservador em termos fiscais, o libertarianismo incorre, como todas as ideologias, naquelas simplificações que H. L. Mencken denunciou quando disse: “Para cada problema complexo há uma resposta que é clara, simples e errada.” E a economia, a política, a sociedade e a vida humana são a própria definição do complexo – é ridículo propor resolver tudo com automatismos ideológicos, sejam eles do tipo “afastando a burguesia do poder teremos a utopia social”, ou do tipo “o livre-mercado conduzirá a uma sociedade mais feliz e mais justa”. Especialmente porque a organização espontânea pode não levar necessariamente a um estado de bem-aventurança. Afinal, a própria natureza busca antes o equilíbrio, que a utopia. Um equilíbrio violento pode muito bem ser o resultado. Em termos humanos, com a superpopulação e a crise climática global, a oferta de armas altamente eficientes e as comunicações instantâneas e de dimensão planetária, a violência possível, seja num período de transição ou na configuração final da “organização espontânea”, pode ser potencializada e vir a alcançar proporções catastróficas e resultados desastrosos irreversíveis.
Os libertarianos gostam de apontar o dedo para o Estado de bem-estar social na Europa, assim como nós gostamos de apontar o dedo para suas políticas protecionistas. O que ninguém reconhece é que se você tivesse sofrido duas guerras mundiais no seu solo, você aprenderia a conciliar, aplacar e mitigar descontentamentos e insatisfações, por todos os meios possíveis.
Nesse sentido, é compreensível que o espaço cósmico seja o lócus preferido dos épicos libertarianos na FC. A “fronteira final” é isso mesmo – uma fronteira, paisagem despovoada em que os indivíduos se provam e na qual o empreendedorismo é ferramenta de sobrevivência contra a hostilidade do meio ambiente. É por isso também que o planeta dos dorsais – uma sociedade libertariana/militar mercenária criada pelo autor canadense de FC Gordon R. Dickson (1923-2001) para o seu multigeracional “Ciclo Childe” – seja um mundo agrário subpovoado. Menos ingênuos, autores da new space opera como o escocês Ken McLeod não deixam de notar que a mesma tecnologia que manipula energias suficientes para o trânsito rápido entre sistemas solares pode ser canalizada para a destruição total dos adversários. Daí a cínica apologia, em The Cassini Division (1998) de McLeod, do ataque preventivo genocida (veja a espetada da escritora Cheryl Morgan no site Emerald City).
No livro Cyberselfish: A Critical Romp Through the Terribly Libertarian Culture of High Tech (2000), Paulina Borsook, uma ex-colaboradora da famosa revista Wired, disseca e pisoteia o libertarianismo na “cultura eletrônica” americana. Para efeito retórico, e acreditando que o autor e fã americano de FC teriam muito em comum com o membro da cibercultura, eu identifico muito das críticas dela com essa ideologia da FC dominante. (Borsook, aliás, menciona Heinlein, Rand e os cyberpunks.)
A autora dirige suas armas à cultura nerd/geek, cujos membros gostariam de se ver como “homens da fronteira”, e que seria “mais emocionante fazer de conta, em nossos tempos milenaristas, que você de fato vive numa frente de batalha hobbesiana”. Uma afetação heróica que seria muito melhor do que “encarar os problemas reais da nossa era, tais como a violação corporativa da privacidade, a superpopulação, a degradação ambiental e a ascensão de lideres guerreiros pelo mundo todo”.  
Seu outro alvo é a fusão conceitual de biologia e economia conhecida como “bionomics” – a partir do livro de Michael Rothschield, Bionomics: Economy as Ecosystem (1990). A esse livro seguiu-se uma série de conferências, nas quais se discutia como os conceitos darwinistas de sobrevivência do mais forte e evolução pela interação competitiva em um ecossistema (o mercado) funcionariam como impulsionadores do progresso e da prosperidade. Para isso, é preciso desregulamentar (fiscalizar, impor limites e procedimentos) o mercado, deixando-o livre o mais possível, na busca da “ordem espontânea”.
Nóis aqui abaixo da Linha do Equador sabemos no que deu a retração do Estado durante a aventura neoliberal, mas o livro de Borsook, publicado antes da explosão da bolha imobiliária americana – fonte da atual crise internacional –, soa ainda mais importante perante os resultados desastrosos da desregulamentação republicada na Administração Bush. Sem falar do desastre ambiental do Golfo do México, que se pode associar à desregulamentação do setor petrolífero. Livre-mercado às vezes se iguala a desastre econômico socializado e a catástrofe ambiental – não por qualquer razão ideológica, mas simplesmente porque dogma não é substituto para racionalidade e equilíbrio nas ações humanas.
Muitas vezes o libertarianismo soa, apesar de todo o seu propalado pacifismo, como dono de um sombrio lado cultuador da força. Em parte porque no libertarianismo freqüentemente há um elemento de darwinismo social, idéia contra a qual venho falando há algum tempo, como no meu livro Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil: 1875 a 1950 (Editora UFMG; 2003).
Definido como a aplicação das idéias de sobrevivência do mais forte e evolução pela competição entre os seres, o darwinismo social ajudou a justificar o colonialismo e a opressão dos povos da África e Ásia, e dos indígenas das Américas e da Austrália. Considerados mais fracos e portanto perdedores dentro da lógica do mais apto, esses povos estavam destinados ao desaparecimento – como, na ficção científica, Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930) dramatizou nos romances O Mundo Perdido (The Lost World; 1912), em que hominídeos preservados num planalto entre Brasil e Venezuela são exterminados por uma aliança entre aventureiros brancos e índios amazônicos, e em A Nuvem da Morte (The Poison Belt; 1913), em que a cauda de um cometa envenena a atmosfera da Terra, atingido primeiro “as raças inferiores dos trópicos’ (a mortandade é enganosa, porém, já que os efeitos são temporários). Em Cyberselfish, Barsook condena a falta de filantropia entre os ricaços do Vale do Silício, associando-a à tendência “tecnolibertariana” da sua mentalidade.
Curiosamente, a justificativa darwinista social da tutela e do controle de povos considerados “inferiores” pelos ocidentais espelha a noção de superioridade moral cristã que justificou práticas semelhantes e todo as missões religiosas no mundo subdesenvolvido. No plano da cibercultura que Pauline Borsook critica, e citando alguns dos profetas do tecnolibertarianismo como Kevin Kelly e Stewart Brand, também haveria uma aproximação do discurso científico biológico e o discurso religioso. “A biologia como metáfora pode colocar sob a asa”, ela sentencia, “crenças que são tão atrasadas quanto [os tecnolibertarianos] são avançados”. De fato, assim como as línguas românicas surgiram da combinação do latim com adstrato e línguas locais como substrato, muitas vezes idéias novas se combinam com as velhas. Achar que novas idéias substituem as velhas é ingenuidade.
Às vezes embutidos em argumentos de antropologia evolucionária, que tenta explicar o comportamento humano, a sociologia, a sexualidade e às vezes a economia (daí a bionomics) e a política a partir da lógica evolucionária – o que é basicamente impossível dada à qualidade intrinsecamente especulativa dos seus argumentos: não importa o quanto eu e você possamos apoiar o evolucionismo nas escolas ou aceitar que somos frutos da evolução da espécie, o fato é que não há mecanismos “finos” que funcionem como ferramentas exatas para o entendimento particularizado dos nossos comportamentos a partir da lógica evolutiva.
Borsook afirmou que “muito do que diz respeito à bionomics é no seu sentido mais amplo uma grande diversão intelectual – ver relacionamentos entre padrões na natureza e padrões em computação ou economia, pensar de maneiras interdisciplinares e aplicar tecnologia com exuberância fora das maneiras óbvias de contar feijão e pagar contas...” De modo semelhante, a antropologia evolucionária estimula o pensamento e nos ajuda a equilibrar a noção radical pós-estruturalista de que tudo – todo o comportamento e todas as variações de interação social e humana – é produto exclusivo da cultura. E vice-versa: a idéia de que tudo é cultura ajuda a equilibrar a pretensão de se explicar tudo pelo evolucionismo.
Nesse sentido, explicar o homossexualismo pela antropologia evolucionária – como Greg Egan sugere fazer no seu romance de FC Terranesia (1999) – parece tão insuficiente quanto a tentativa de certos intelectuais de firmar que toda sexualidade é construção cultural e portanto arbitrária e impositiva.
Na ficção científica americana, a mais bem-sucedida, o libertarianismo freqüentemente encobre um darwinismo social que segue puro ou disfarçado de empreendedorismo capitalista radical, em antropologia evolucionária ou nas novas teorias de complexidade ou emergência (do verbo “emergir” e não do verbo “fugir correndo em pânico”). Essas novas teorias em particular são fascinantes por si mesmas, mas, novamente, entendê-las seus princípios ainda mal alinhavados como certificação científica do dogma do livre-mercado é outro atropelo conceitual.
Uma visão alternativa vem da Europa – a série de Karen Traviss, Wess’har Wars, que imagina espécie alienígena bem-sucedida e tecnologicamente superior à humana, e que se enxerga mais próxima da cooperação do que da competição: “A vida no seu planeta se desenvolveu pela competição”, diz um deles sobre a Terra, no romance The World Before (2005), antes de oferecer: “A nossa se desenvolveu largamente pela cooperação, simbiose e equilíbrio sustentado.” E na minha noveleta “A Alma de um Mundo” (a sair na antologia Space Opera: Jornadas Inimagináveis em uma Galáxia não muito Distante, de Hugo Vera & Larissa Caruso), tento fornecer um argumento evolucionário para uma espécie que, de modo semelhante, valoriza mais a cooperação e a confiança, do que a competição e a rivalidade.
No estágio em que estamos da civilização humana sobre a Terra, a cooperação é a única saída possível.


Roberto de Sousa Causo é autor dos livros de contos A Dança das Sombras (Caminho, 1999), A Sombra dos Homens (Devir, 2004), dos romances A Corrida do Rinoceronte (Devir, 2006) e Anjo de Dor (2009), e do estudo Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil (Editora UFMG, 2003), que recebeu o Prêmio da Sociedade Brasileira de Arte Fantástica.
Seus contos foram publicados em revistas e livros de dez países. Foi um dos três classificados do Prêmio Jerônimo Monteiro (1991), da Isaac Asimov Magazine, e no III Festival Universitário de Literatura, com a novela Terra Verde (2000); foi o ganhador do Projeto Nascente 11 (da USP e do Grupo Abril) em 2001 com O Par: Uma Novela Amazônica, publicada em 2008. Completando um trio de novelas de FC ambientadas na Amazônia, Selva Brasil foi lançado em 2010 pela Editora Draco.
Causo escreveu sobre os seus gêneros de interesse para o Jornal da TardeFolha de S. Paulo e para a Gazeta Mercantil, para as revistas ExtrapolationScience Fiction StudiesCultCiência HojePalavra Dragão Brasil.
Mantém coluna quinzenal sobre ficção científica e fantasia no Terra Magazine (http://terramagazine.terra.com.br), a revista eletrônica do Portal Terra. O jornal A Tarde disse sobre ele: “Roberto de Sousa Causo é um dos mais atuantes escritores brasileiros de FC, horror e fantasia.” Vive em São Paulo, com esposa e um filho.