Por Roberto de Sousa Causo
Eu cresci em uma cidade do interior do Estado de São
Paulo, chamada Sumaré, e não tenho problema algum em admitir que, até onde eu
saiba, o melhor escritor que Sumaré já produziu é o dramaturgo e cronista
Walter Cavalcanti de Paiva. Nós nos conhecemos lá por 1988, no Clube de
Literatura de Sumaré, criado pela bibliotecária Terezinha Ongaro Monteiro de
Barros, que na época chefiava a biblioteca pública. Eu lá lidava com ficção científica,
é claro, e um dia, anos depois, Walter me disse – veja que ele não perguntou,
mas me disse – que a ficção
científica era a minha utopia.
“Mas qual
ficção científica, exatamente?”, eu perguntei. “A da invasão da Terra por
alienígenas, a da distopia totalitária, a da superpopulação ou a do
pós-apocalipse nuclear?”
Moral da história: ficção científica não é
ideologia, é só um gênero literário – o que justifica a sua abordagem de temas
duros e sombrios, aos quais ninguém em sã consciência poderia atribuir qualquer
aspecto utópico.
É claro, uma história de FC pode ter uma ideologia.
Certamente, a ficção científica que foi escrita em países soviéticos devia ser
comunista, e a FC escrita nos Estados Unidos devia ser bem capitalista, assim
como a FC francesa seria... Sei lá, pós-estruturalista?
O escritor cubano Yoss (José Miguel Sánchez) contou
uma história divertida, no Festival Utopiales 2002, em Nantes. Num painel sobre
ficção científica global, ele contou que publicou um romance de FC no qual
ainda existiria capitalismo no futuro – e foi imediatamente processado pelo
governo de Cuba, país no qual o único romance de FC americana liberado para a
publicação e leitura era Os Mercadores do
Espaço (The Space Merchants; 1952), de Frederik Pohl &
C. M. Kornbluth, uma crítica sarcástica ao consumismo.
Yoss, de qualquer modo, foi salvo pelo gongo: seu
processo foi suspenso quando caiu o Muro de Berlim. “Obrigado, Gorbashev. Bem
na hora!”, exclamou, referindo-se ao fato de o então presidente do Partido
Comunista da União Soviética ter permitido o fim da divisão da Alemanha, ao
evitar a repressão a protestos na Alemanha Oriental. Aparentemente, as
autoridades cubanas passaram a aguardar os desenvolvimentos – e Yoss se safou
por uma eventualidade histórica. O episódio, por outro lado, mostra como
posições extremas enxergam ideologicamente as especulações imaginativas da
ficção científica.
O escritor do noveau
roman francês Michel Butor lamentou justamente que a FC enfraquecia seu
potencial de “mitologia do nosso tempo”, ao realizar uma multiplicidade de
idéias e cenários. Butor sugere – no ensaio “Science
Fiction: The Crisis of Its Growth” – que seus escritores deveriam trabalhar
coletivamente na criação de um único universo ficcional: “A FC, se conseguisse
se limitar e se unificar, seria capaz de adquirir acima da imaginação
individual um poder de constrangimento comparável ao de qualquer mitologia
clássica.” A proposta de se desenvolver coerentemente um mesmo cenário, que
Butor chama de “cidade” e que eu interpreto como “utopia”, levaria os leitores
a “organizarem suas ações em relação à sua existência eminente, e
derradeiramente eles seriam obrigados a construí-la”. A última sentença do
ensaio deixa claro o quanto Butor desejava que a ficção científica assumisse o
papel de uma ideologia: “É fácil ver
que prodigioso instrumento de libertação ou de opressão [a FC] poderia se
tornar.”
Nesta coluna eu tenho pregado a variedade como
ingrediente primordial do gênero, e não custa citar novamente
Orson Scott Card, que explica o funcionamento da FC a partir dessa perspectiva:
“Dúzias, centenas, milhares de vezes [os leitores de FC] viveram o processo de
apreensão de uma realidade surpreendentemente nova. Não importa o que o futuro
seja, eles já conhecem o processo: reconhecer a contradição entre a visão
familiar do modo como as coisas são, e a nova ordem; extrapolar das
contradições um novo sistema de causa e efeito; reconstruir uma visão do modo
como as coisas são que inclua e acomode as antigas contradições; inventar o seu
próprio papel na nova ordem; agir de acordo com o seu novo papel e sua nova
visão da realidade.”
Seria justamente essa variedade de experiências o que
permite ao leitor de ficção científica enxergar como mudanças de naturezas
diversas (tecnológicas, políticas, econômicas, sociais, culturais e
filosóficas) operam ao longo do tempo, ou a quais resultados determinadas
circunstâncias podem chegar, a partir daquilo que a FC faz costumeiramente, que
é extrapolar contextos atuais. Daí
surgiria uma forma de senso crítico particular aos leitores do gênero, e sua
função de quebrar os condicionamentos sócio-culturais. Isso nos leva ao
conteúdo de uma carta de Isaac Asimov, escrita em 1966. “Eu sempre declarei que
uma das virtudes da ficção científica é que ela pode romper qualquer tabu sem
ter que ser ‘ousada’”, disse o Bom Doutor, naquilo que eu interpreto da
seguinte maneira: a ficção científica alcança os efeitos das vanguardas
literárias mas de modo acessível, sem a arrogância implícita de dizer que se anda
na frente dos outros.
Mas se me perguntassem, na lata, qual é a ideologia
da FC mais bem-sucedida do mundo, a norte-americana, eu diria que ela seria, ou
estaria muito próxima, do libertarianismo.
Também chamado de “liberalismo clássico”, o libertarianismo
(ou “libertarismo”) enfatiza a autonomia e as liberdades individuais, que, se deixadas
em paz para se expressarem sob forma de livre-mercado
e livre-iniciativa, conduziriam, por
um princípio positivo de organização
espontânea, a uma condição mais avançada de sociedade, menos propensa à
guerra e à opressão. Em geral, o libertarianismo é contrário às intervenções do
Estado – que deveria existir apenas para garantir direitos civis – sobre
indivíduos, empresas e sociedade, e denuncia o poder coercitivo dos
governantes. Para essa filosofia política e econômica, os indivíduos deveriam
ser visados pelo poder apenas quando não respeitassem os direitos dos outros, e
a natureza humana e sua suposta base moral natural triunfarão se o Estado se
retrair e deixar que a sociedade civil se auto-organize.
Para a maioria dos fãs brasileiros de ficção
científica, essa ideologia passa batida como “coisa de americano”. De fato,
muito do libertarianismo caracteriza a sociedade americana, embora
institucionalmente o Partido Libertariano
não tenha a força dos dois partidos dominantes nos Estados Unidos, o Democrata
e o Republicano.
Graças à minha dieta de FC e outros produtos
culturais americanos – o romance Uma Vez
uma Águia (Once an Eagle; 1968)
de Anton Myrer em particular –, fui muito influenciado pelo pensamento libertariano.
É evidente que uma sociedade será mais positiva na medida em que seus cidadãos,
individualmente, estiverem empenhados em contribuir para com ela e a agir
honestamente no interior dela. Assim como parece evidente que governos e
burocratas exorbitam as suas funções. Basta olhar para a opressão econômica que o
governo brasileiro exerce sobre nós, com uma carga tributária de 35,13%
do PIB, o que limita o poder de decisão individual do brasileiro sobre o
usufruto do seu trabalho – especialmente perante do retorno insatisfatório
desses impostos sob a forma de serviços essenciais, e diante dos níveis
de corrupção no país.
Na FC, basta pensar na obra de Robert A. Heinlein
(1907-1988), autor americano que foi socialista na juventude, mas que na década
de 1950 já se inclinava para o libertarianismo. Seus romances Um Estranho numa Terra Estranha (Stranger in a Strange Land; 1961), Revolta da Lua (The Moon Is a Harsh Mistress; 1966) e Amor sem Limites (Time Enough
for Love; 1973) foram eleitos para o Hall da Fama do Prêmio Prometheus,
criado em 1979 para obras de FC de cunho libertariano. O prêmio é entregue pela
Libertarian Futurist Society, criada em 1982. A sua mera existência já
diz muito sobre o quanto o libertarianismo pesa na conta da ficção científica.
Heinlein foi imensamente influente, conquistando
gerações de fãs que cresceram lendo os seus romances juvenis. Foi em algum
momento o autor americano de FC mais popular, popularidade que nunca se refletiu
aqui no Brasil – o que sugere o quanto nós estamos longe dessa visão
político-econômica (ou talvez seus livros tenham aparecido num momento
delicado, durante a ditadura militar, quando os discursos libertários eram exclusivos
pela esquerda marxista). Mas também é sintomático que a militante do
capitalismo radical, Ayn Rand (1905-1982), uma americana que passou a juventude
na Rússia comunista, tenha escolhido dramatizar suas idéias na forma de bojudos
romances de FC (lançados recentemente no Brasil pela Editora Landscape) como A Nascente (The Fountainhead; 1943) e A
Revolta de Atlas (Atlas Shrugged;
1957). Hoje, Allen Steele, com a
premiada série Coyote de FC hard, parece
ser um dos muitos herdeiros de Heinlein a manter a bandeira do libertarianismo
fincada no planeta FC.
Às vezes definido como liberal em termos sociais e conservador em termos fiscais, o
libertarianismo incorre, como todas as ideologias, naquelas simplificações que H. L. Mencken
denunciou quando disse: “Para cada problema complexo há uma resposta que é
clara, simples e errada.” E a economia, a política, a sociedade e a vida humana
são a própria definição do complexo – é ridículo propor resolver tudo com
automatismos ideológicos, sejam eles do tipo “afastando a burguesia do poder teremos
a utopia social”, ou do tipo “o livre-mercado conduzirá a uma sociedade mais
feliz e mais justa”. Especialmente porque a organização espontânea pode não
levar necessariamente a um estado de bem-aventurança. Afinal, a própria
natureza busca antes o equilíbrio, que a utopia. Um equilíbrio violento pode
muito bem ser o resultado. Em termos humanos, com a superpopulação e a crise climática
global, a oferta de armas altamente eficientes e as comunicações instantâneas e
de dimensão planetária, a violência possível, seja num período de transição ou
na configuração final da “organização espontânea”, pode ser potencializada e vir
a alcançar proporções catastróficas e resultados desastrosos irreversíveis.
Os libertarianos gostam de apontar o dedo para o Estado de bem-estar
social na Europa, assim como nós gostamos de apontar o dedo para suas políticas
protecionistas. O que ninguém reconhece é que se você tivesse sofrido duas guerras mundiais no seu solo, você
aprenderia a conciliar, aplacar e mitigar descontentamentos e insatisfações, por todos os meios
possíveis.
Nesse sentido, é compreensível que o espaço cósmico seja o lócus preferido
dos épicos libertarianos na FC. A “fronteira final” é isso mesmo – uma fronteira, paisagem despovoada em que os
indivíduos se provam e na qual o empreendedorismo é ferramenta de sobrevivência
contra a hostilidade do meio ambiente. É por isso também que o planeta dos
dorsais – uma sociedade libertariana/militar mercenária criada pelo autor canadense
de FC Gordon R. Dickson (1923-2001) para o seu multigeracional “Ciclo Childe” –
seja um mundo agrário subpovoado. Menos ingênuos, autores da new space opera como o escocês Ken
McLeod não deixam de notar que a mesma tecnologia que manipula energias
suficientes para o trânsito rápido entre sistemas solares pode ser canalizada
para a destruição total dos adversários. Daí a cínica apologia, em The Cassini Division (1998) de McLeod,
do ataque preventivo genocida (veja a espetada da escritora Cheryl Morgan no site Emerald City).
No livro Cyberselfish: A
Critical Romp Through the Terribly Libertarian Culture of High Tech (2000), Paulina
Borsook, uma ex-colaboradora da famosa revista Wired, disseca e pisoteia o libertarianismo na “cultura eletrônica”
americana. Para efeito retórico, e acreditando que o autor e fã americano de FC
teriam muito em comum com o membro da cibercultura, eu identifico muito das
críticas dela com essa ideologia da FC dominante. (Borsook, aliás, menciona
Heinlein, Rand e os cyberpunks.)
A autora dirige suas armas à cultura nerd/geek, cujos membros gostariam de se
ver como “homens da fronteira”, e que seria “mais emocionante fazer de conta,
em nossos tempos milenaristas, que você de fato vive numa frente de batalha
hobbesiana”. Uma afetação heróica que seria muito melhor do que “encarar os
problemas reais da nossa era, tais como a violação corporativa da privacidade,
a superpopulação, a degradação ambiental e a ascensão de lideres guerreiros
pelo mundo todo”.
Seu outro alvo é a fusão conceitual de biologia e
economia conhecida como “bionomics” – a partir do livro de Michael Rothschield,
Bionomics: Economy as Ecosystem (1990).
A esse livro seguiu-se uma série de conferências, nas quais se discutia como os
conceitos darwinistas de sobrevivência do mais forte e evolução pela interação
competitiva em um ecossistema (o mercado) funcionariam como impulsionadores do
progresso e da prosperidade. Para isso, é preciso desregulamentar (fiscalizar,
impor limites e procedimentos) o mercado, deixando-o livre o mais possível, na
busca da “ordem espontânea”.
Nóis aqui abaixo da Linha do Equador sabemos no que
deu a retração do Estado durante a aventura neoliberal, mas o livro de Borsook,
publicado antes da explosão da bolha imobiliária americana – fonte da atual
crise internacional –, soa ainda mais importante perante os resultados
desastrosos da desregulamentação republicada na Administração Bush. Sem falar
do desastre ambiental do Golfo do México, que se pode associar à
desregulamentação do setor petrolífero. Livre-mercado às vezes se iguala a
desastre econômico socializado e a catástrofe ambiental – não por qualquer
razão ideológica, mas simplesmente porque dogma
não é substituto para racionalidade e equilíbrio nas ações humanas.
Muitas vezes o libertarianismo soa, apesar de todo o seu propalado
pacifismo, como dono de um sombrio lado cultuador da força. Em parte porque no
libertarianismo freqüentemente há um elemento de darwinismo
social, idéia contra a qual venho falando há algum tempo, como no meu
livro Ficção
Científica, Fantasia e Horror no Brasil: 1875 a 1950 (Editora UFMG;
2003).
Definido como a aplicação das idéias de
sobrevivência do mais forte e evolução pela competição entre os seres, o
darwinismo social ajudou a justificar o colonialismo e a opressão dos povos da
África e Ásia, e dos indígenas das Américas e da Austrália. Considerados mais
fracos e portanto perdedores dentro da lógica do mais apto, esses povos estavam
destinados ao desaparecimento – como, na ficção científica, Sir Arthur Conan
Doyle (1859-1930) dramatizou nos romances O
Mundo Perdido (The Lost World;
1912), em que hominídeos preservados num planalto entre Brasil e Venezuela são
exterminados por uma aliança entre aventureiros brancos e índios amazônicos, e
em A Nuvem da Morte (The Poison Belt; 1913), em que a cauda
de um cometa envenena a atmosfera da Terra, atingido primeiro “as raças
inferiores dos trópicos’ (a mortandade é enganosa, porém, já que os efeitos são
temporários). Em Cyberselfish,
Barsook condena a falta de filantropia entre os ricaços do Vale do Silício,
associando-a à tendência “tecnolibertariana” da sua mentalidade.
Curiosamente, a justificativa darwinista social da
tutela e do controle de povos considerados “inferiores” pelos ocidentais espelha
a noção de superioridade moral cristã que justificou práticas semelhantes e
todo as missões religiosas no mundo subdesenvolvido. No plano da cibercultura
que Pauline Borsook critica, e citando alguns dos profetas do
tecnolibertarianismo como Kevin Kelly e Stewart Brand, também haveria uma
aproximação do discurso científico biológico e o discurso religioso. “A
biologia como metáfora pode colocar sob a asa”, ela sentencia, “crenças que são
tão atrasadas quanto [os tecnolibertarianos] são avançados”. De fato, assim
como as línguas românicas surgiram da combinação do latim com adstrato e
línguas locais como substrato, muitas vezes idéias novas se combinam com as
velhas. Achar que novas idéias substituem
as velhas é ingenuidade.
Às vezes embutidos em argumentos de antropologia
evolucionária, que tenta explicar o comportamento humano, a sociologia, a
sexualidade e às vezes a economia (daí a bionomics)
e a política a partir da lógica evolucionária – o que é basicamente impossível
dada à qualidade intrinsecamente especulativa
dos seus argumentos: não importa o quanto eu e você possamos apoiar o
evolucionismo nas escolas ou aceitar que somos frutos da evolução da espécie, o
fato é que não há mecanismos “finos” que funcionem como ferramentas exatas para
o entendimento particularizado dos nossos comportamentos a partir da lógica
evolutiva.
Borsook afirmou que “muito do que diz respeito à bionomics é no seu sentido mais amplo
uma grande diversão intelectual – ver relacionamentos entre padrões na natureza
e padrões em computação ou economia, pensar de maneiras interdisciplinares e
aplicar tecnologia com exuberância fora das maneiras óbvias de contar feijão e
pagar contas...” De modo semelhante, a antropologia evolucionária estimula o
pensamento e nos ajuda a equilibrar a noção radical pós-estruturalista de que tudo – todo o comportamento e todas as
variações de interação social e humana – é produto exclusivo da cultura. E
vice-versa: a idéia de que tudo é cultura ajuda a equilibrar a pretensão de se
explicar tudo pelo evolucionismo.
Nesse sentido, explicar o homossexualismo pela
antropologia evolucionária – como Greg Egan sugere fazer no seu romance de FC Terranesia (1999) – parece tão insuficiente
quanto a tentativa de certos intelectuais de firmar que toda sexualidade é
construção cultural e portanto arbitrária e impositiva.
Na ficção científica americana, a mais bem-sucedida,
o libertarianismo freqüentemente encobre um darwinismo social que segue puro ou
disfarçado de empreendedorismo capitalista radical, em antropologia
evolucionária ou nas novas teorias de complexidade ou emergência (do verbo
“emergir” e não do verbo “fugir correndo em pânico”). Essas novas teorias em
particular são fascinantes por si mesmas, mas, novamente, entendê-las seus
princípios ainda mal alinhavados como certificação científica do dogma do
livre-mercado é outro atropelo conceitual.
Uma visão alternativa vem da Europa – a série de
Karen Traviss, Wess’har Wars, que imagina espécie alienígena bem-sucedida e
tecnologicamente superior à humana, e que se enxerga mais próxima da cooperação
do que da competição: “A vida no seu planeta se desenvolveu pela competição”,
diz um deles sobre a Terra, no romance The
World Before (2005), antes de
oferecer: “A nossa se desenvolveu largamente pela cooperação, simbiose e
equilíbrio sustentado.” E na minha noveleta “A Alma de um Mundo” (a sair na antologia
Space
Opera: Jornadas Inimagináveis em uma Galáxia
não muito Distante, de Hugo Vera & Larissa Caruso),
tento fornecer um argumento evolucionário para uma espécie que, de modo
semelhante, valoriza mais a cooperação e a confiança, do que a competição e a rivalidade.
No estágio em que estamos da civilização humana
sobre a Terra, a cooperação é a única saída possível.
Roberto de Sousa Causo é autor dos livros de contos A Dança das Sombras (Caminho, 1999), A Sombra dos Homens (Devir, 2004), dos romances A Corrida do Rinoceronte (Devir, 2006) e Anjo de Dor (2009), e do estudo Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil (Editora UFMG, 2003), que recebeu o Prêmio da Sociedade Brasileira de Arte Fantástica.
Seus contos foram publicados em revistas e livros de dez países. Foi um dos três classificados do Prêmio Jerônimo Monteiro (1991), da Isaac Asimov Magazine, e no III Festival Universitário de Literatura, com a novela Terra Verde (2000); foi o ganhador do Projeto Nascente 11 (da USP e do Grupo Abril) em 2001 com O Par: Uma Novela Amazônica, publicada em 2008. Completando um trio de novelas de FC ambientadas na Amazônia, Selva Brasil foi lançado em 2010 pela Editora Draco.
Causo escreveu sobre os seus gêneros de interesse para o Jornal da Tarde, Folha de S. Paulo e para a Gazeta Mercantil, para as revistas Extrapolation, Science Fiction Studies, Cult, Ciência Hoje, Palavra e Dragão Brasil.
Mantém coluna quinzenal sobre ficção científica e fantasia no Terra Magazine (http://terramagazine.terra.com.br), a revista eletrônica do Portal Terra. O jornal A Tarde disse sobre ele: “Roberto de Sousa Causo é um dos mais atuantes escritores brasileiros de FC, horror e fantasia.” Vive em São Paulo, com esposa e um filho.