Por Rogério Mathias Ribeiro
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Tudo o que vemos é outra coisa,
A maré vasta, a maré ansiosa
É o eco de outra maré que está
Onde é real o mundo que há[1]
A maré vasta, a maré ansiosa
É o eco de outra maré que está
Onde é real o mundo que há[1]
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Dalila Pereira da Costa apresenta, em seu livro O Esoterismo de Fernando Pessoa, um ensaio extenso sobre o papel do esoterismo na obra pessoana, mostrando como ele é utilizado pelo autor em sua obra poética, como acontecem as “adaptações” do que ecoa do mundo espiritual para a poesia. Segundo a autora, é da experiência espiritual que nasce o saber e a intuição de Fernando Pessoa, acreditando ainda que o único conhecimento que realmente interessa ao autor português é o incomum, vindo do interior, não perceptível apenas pela razão; daí, estaria a explicação do pensamento pessoano ser o pensamento poético e contemplativo, único que poderia dar conta de aspirações como esta.
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A realidade de Pessoa, segundo Dalila sugere, é o reflexo de outra realidade, essa sim, real, e a habilidade de Pessoa em ser captador, transmutador e transmissor do verdadeiro saber[2] seria, de fato, uma de suas maiores qualidades. Um poeta além da razão e dos sentidos, um leitor da realidade interior que está escondida, encoberta pela realidade exterior; que possui um estado de consciência capaz de perceber essa realidade e traduzi-la. Esse é o Fernando Pessoa de Dalila.
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O livro de Dalila está dividido em seis partes, que tratam de pensamento, esoterismo, procura do absoluto, via poética , aventuras espirituais do poeta e da pátria. Não caberia no âmbito deste trabalho uma análise minuciosa de todo livro de Dalila, que merece um olhar atento e meticuloso. Desejamos apenas apresentar e comentar alguns pontos que consideramos mais relevantes no que se refere ao tema da nossa pesquisa – a prioridade diz respeito ao esoterismo e aos desdobramentos deste na obra do poeta.
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Na parte reservada ao esoterismo, a autora comenta a visão pessoana da realidade e do mundo, sendo o mundo visível invólucro do invisível, uma dupla percepção da realidade; ao real aparente, sempre corresponde um outro, transcendente. Uma perspectiva assim não poderia ser exteriorizada com facilidade sem contar com o auxilio de alguns mecanismos; na verdade, esse tipo de exteriorização é bem complexa. A partir dessa questão, aparecem os meios para se apresentar essa realidade oculta. Os símbolos, a despersonalização e a via poética são os principais caminhos utilizados pelo poeta para traduzir a realidade transcendente. Pessoa, que tanto tempo trabalhou como tradutor, reescrevendo em nosso idioma português textos de outros escritores, tem, na verdade, seu maior desafio de tradução vindo dele próprio: traduzir através da poesia sua percepção subjetiva da realidade escondida.
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Os símbolos, usados com tanta frequência na obra pessoana, são alguns dos atalhos para a tradução que o poeta precisa fazer. O conceito de simbolismo descrito por Goethe como revelação do impenetrável[3] parece próximo do simbolismo utilizado por Pessoa. Sendo o símbolo um representante de algo, sem ser esse algo, que meio poderia ser tão adequado para o uso do poeta, tendo em vista a essência do que Pessoa pretendia mostrar? A utilização dos símbolos, quando bem empregada, caso de Pessoa, é riquíssima, abrindo novas interpretações e conseguindo mostrar o que ocorre além da aparência.
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Dalila Pereira, com toda propriedade, comenta ainda a importância do símbolo e sua utilização na obra de Pessoa em detrimento da alegoria:
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“A verdade que visava, não poderia ser procurada nem expressada de maneira totalmente racional. Ele pretende um conhecimento que estava para além do domínio e do poder de prospecção da razão. O poeta não pensa com conceitos, mas com esse especial órgão de conhecimento, a imaginação.(...) A imaginação que é capaz de ultrapassar o dado sensível, transmutando-o em símbolo. Ao contrário da alegoria, que não tem qualquer capacidade ou função cognitiva, que é um artifício, simples criação da razão, das camadas superficiais do eu, que somente pode sobrepor-se a esta realidade, mas que não abre uma outra, que não é um instrumento de conquista de outros planos de conhecimento. A alegoria nunca se encontra na sua poesia.”[4]
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Reforçando o que foi apresentado até aqui, tanto as proposições de Dalila quanto as nossas impressões, que estão em concordância com a autora, vale recorrer ao próprio poeta que, em um fragmento de sua obra em prosa, chamado “Goethe”, a respeito do processo alquímico, coloca em outro ponto deste mesmo fragmento: O homem de gênio é um intuitivo que se serve da inteligência para exprimir das suas intuições. A obra de gênio – seja um poema ou uma batalha – é a transmutação em termos de inteligência de uma operação superintelectual[5]. A inteligência, o talento como poeta, desta maneira, podem ser entendidos, na nossa visão, como instrumentos da intuição. A obra de Pessoa poderia ser essa transmutação, utilizando esses instrumentos, para revelar o que transcende o intelectual. Sendo assim, acreditamos que a abordagem dada pela estudiosa sobre a importância e a justificação dos símbolos na obra de Pessoa mostra-se pertinente e plenamente plausível.
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Outra questão levantada por Dalila, e que consideramos altamente relevante, é a do eu-poético. A ensaísta chama a atenção para o fato de o poeta, por diversas vezes, apresentar-se como um representante de outro, uma “sombra de um vulto desconhecido” ou “emissário de um rei desconhecido”, como o próprio poeta descreve.
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Parte da poesia pessoana se passa em um espaço supranatural, aonde só a imaginação teria acesso, teria meios de buscar a realidade deste espaço e trazê-la até nós. Pessoa é o poeta que possui o passaporte para o mundo da alma, do invisível, do que não é perceptível pelas vias usuais. A despersonalização seria o reflexo da influência deste espaço no poeta, sendo Pessoa um mensageiro, alguém que tem o dom de captar esse mundo, sem fazer efetivamente parte dele, tomando outros eus emprestados, ou afirmando literalmente que aquele não é ele, é outro. Em algumas passagens, o poeta chega a lamentar o fardo que é exercer esse papel. Dalila ressalta, ainda, a convergência da razão e da imaginação do poeta e enfatiza:
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“Na sua obra, são as criações imaginárias, aquelas que nos darão o conhecimento mais profundo do seu espírito. As opiniões totalmente conscientes e intelectualizadas na sua obra em prosa, nunca estarão em contradição com as criações da imaginação: mas estas serão seu aprofundamento, porque atingidas a um nível de realidade infinitamente mais rico, inesgotável. Aí entrar-se-á numa camada de realidade que ao próprio poeta teria, como ser consciente através de um formulação racional do seu pensamento. Uma realidade que aqui na poesia será transmitida a partir de símbolos e imagens, mitos e apercepções visionárias – nessa linguagem que revela e esconde o saber que em si contém e transmite.”[6]
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Esse mesmo tema foi abordado no nosso trabalho, quando tratamos da carta à Adolfo Casais Monteiro. Levando-se em consideração, tanto a carta quanto outros escritos de Pessoa, que teriam o elemento racional e particular predominando, podemos acreditar que Pessoa se valia realmente do artifício da despersonalização e do desdobramento do eu para um “distanciamento” que, de certa forma, poderia protegê-lo e para uma representação mais adequada dessa realidade impalpável a que ele tinha acesso.
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A via poética é, no entender da autora, o meio ideal para que Pessoa pudesse externar sua outra realidade. Somente a poesia permitiria uma liberdade suficiente para que o poeta tratasse de todas as questões, utilizando-se de recursos como símbolos e da própria despersonalização, da maneira mais próxima à sua realidade oculta; portanto, a utilização dessa via é mais que justificável.
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O livro de Dalila traz consigo uma série de interpretações interessantes no tocante ao emprego dos símbolos e é muito bem fundamentado, auxiliando bastante àqueles que estão interessados em conhecer mais sobre o esoterismo de Pessoa. Consideramos essa obra como referência no que se refere ao aspecto do ocultismo em Fernando Pessoa (aspecto fundamental na obra do poeta na nossa opinião) e acreditamos que muitas das questões e proposições levantadas por Dalila Pereira da Costa merecem ser investigadas por aqueles que julgam que o ocultismo na obra pessoana não foi suficientemente revelado.
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1. PESSOA, Fernando. Obra poética. Organização, introdução e notas de Maria Aliete Galhoz,
Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1986, p.621.
2. COSTA, Dalila Pereira. O esoterismo de Fernando Pessoa. Porto: Lelo & Irmão Editores, 1978, p.7.
3. Apud Dalila, 1978, p.35.
4. COSTA, Dalila Pereira. O esoterismo de Fernando Pessoa. Porto: Lelo & Irmão Editores, 1978, p. 38.
5. PESSOA, Fernando. Obra em prosa. Organização, introdução e notas de Cleonice Berardinelli, Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1986, p. 269.
6. COSTA, Dalila Pereira. O esoterismo de Fernando Pessoa. Porto: Lelo & Irmão Editores, 1978, pp. 42 e 43.
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Parte integrante da dissertação de mestrado Esoterismo e ocultismo em Fernando pessoa: Caminhos da crítica e de poética, de Rogério Mathias Ribeiro.
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Rogério Mathias Ribeiro - Graduado em Letras (Português/ Literatura) pela Uerj, especialista em Literatura Portuguesa pela Uerj e Mestre em Letras (Literatura Portuguesa) pela UFF. Taurino de 37 anos, carioca, residente no Rio de Janeiro-RJ, torcedor do Botafogo e professor de Ensino Médio, estudioso da Literatura Portuguesa e do Ocultismo. Contato por e-mail: roger7332@hotmail.com
Dalila Pereira da Costa apresenta, em seu livro O Esoterismo de Fernando Pessoa, um ensaio extenso sobre o papel do esoterismo na obra pessoana, mostrando como ele é utilizado pelo autor em sua obra poética, como acontecem as “adaptações” do que ecoa do mundo espiritual para a poesia. Segundo a autora, é da experiência espiritual que nasce o saber e a intuição de Fernando Pessoa, acreditando ainda que o único conhecimento que realmente interessa ao autor português é o incomum, vindo do interior, não perceptível apenas pela razão; daí, estaria a explicação do pensamento pessoano ser o pensamento poético e contemplativo, único que poderia dar conta de aspirações como esta.
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A realidade de Pessoa, segundo Dalila sugere, é o reflexo de outra realidade, essa sim, real, e a habilidade de Pessoa em ser captador, transmutador e transmissor do verdadeiro saber[2] seria, de fato, uma de suas maiores qualidades. Um poeta além da razão e dos sentidos, um leitor da realidade interior que está escondida, encoberta pela realidade exterior; que possui um estado de consciência capaz de perceber essa realidade e traduzi-la. Esse é o Fernando Pessoa de Dalila.
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O livro de Dalila está dividido em seis partes, que tratam de pensamento, esoterismo, procura do absoluto, via poética , aventuras espirituais do poeta e da pátria. Não caberia no âmbito deste trabalho uma análise minuciosa de todo livro de Dalila, que merece um olhar atento e meticuloso. Desejamos apenas apresentar e comentar alguns pontos que consideramos mais relevantes no que se refere ao tema da nossa pesquisa – a prioridade diz respeito ao esoterismo e aos desdobramentos deste na obra do poeta.
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Na parte reservada ao esoterismo, a autora comenta a visão pessoana da realidade e do mundo, sendo o mundo visível invólucro do invisível, uma dupla percepção da realidade; ao real aparente, sempre corresponde um outro, transcendente. Uma perspectiva assim não poderia ser exteriorizada com facilidade sem contar com o auxilio de alguns mecanismos; na verdade, esse tipo de exteriorização é bem complexa. A partir dessa questão, aparecem os meios para se apresentar essa realidade oculta. Os símbolos, a despersonalização e a via poética são os principais caminhos utilizados pelo poeta para traduzir a realidade transcendente. Pessoa, que tanto tempo trabalhou como tradutor, reescrevendo em nosso idioma português textos de outros escritores, tem, na verdade, seu maior desafio de tradução vindo dele próprio: traduzir através da poesia sua percepção subjetiva da realidade escondida.
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Os símbolos, usados com tanta frequência na obra pessoana, são alguns dos atalhos para a tradução que o poeta precisa fazer. O conceito de simbolismo descrito por Goethe como revelação do impenetrável[3] parece próximo do simbolismo utilizado por Pessoa. Sendo o símbolo um representante de algo, sem ser esse algo, que meio poderia ser tão adequado para o uso do poeta, tendo em vista a essência do que Pessoa pretendia mostrar? A utilização dos símbolos, quando bem empregada, caso de Pessoa, é riquíssima, abrindo novas interpretações e conseguindo mostrar o que ocorre além da aparência.
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Dalila Pereira, com toda propriedade, comenta ainda a importância do símbolo e sua utilização na obra de Pessoa em detrimento da alegoria:
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“A verdade que visava, não poderia ser procurada nem expressada de maneira totalmente racional. Ele pretende um conhecimento que estava para além do domínio e do poder de prospecção da razão. O poeta não pensa com conceitos, mas com esse especial órgão de conhecimento, a imaginação.(...) A imaginação que é capaz de ultrapassar o dado sensível, transmutando-o em símbolo. Ao contrário da alegoria, que não tem qualquer capacidade ou função cognitiva, que é um artifício, simples criação da razão, das camadas superficiais do eu, que somente pode sobrepor-se a esta realidade, mas que não abre uma outra, que não é um instrumento de conquista de outros planos de conhecimento. A alegoria nunca se encontra na sua poesia.”[4]
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Reforçando o que foi apresentado até aqui, tanto as proposições de Dalila quanto as nossas impressões, que estão em concordância com a autora, vale recorrer ao próprio poeta que, em um fragmento de sua obra em prosa, chamado “Goethe”, a respeito do processo alquímico, coloca em outro ponto deste mesmo fragmento: O homem de gênio é um intuitivo que se serve da inteligência para exprimir das suas intuições. A obra de gênio – seja um poema ou uma batalha – é a transmutação em termos de inteligência de uma operação superintelectual[5]. A inteligência, o talento como poeta, desta maneira, podem ser entendidos, na nossa visão, como instrumentos da intuição. A obra de Pessoa poderia ser essa transmutação, utilizando esses instrumentos, para revelar o que transcende o intelectual. Sendo assim, acreditamos que a abordagem dada pela estudiosa sobre a importância e a justificação dos símbolos na obra de Pessoa mostra-se pertinente e plenamente plausível.
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Outra questão levantada por Dalila, e que consideramos altamente relevante, é a do eu-poético. A ensaísta chama a atenção para o fato de o poeta, por diversas vezes, apresentar-se como um representante de outro, uma “sombra de um vulto desconhecido” ou “emissário de um rei desconhecido”, como o próprio poeta descreve.
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Parte da poesia pessoana se passa em um espaço supranatural, aonde só a imaginação teria acesso, teria meios de buscar a realidade deste espaço e trazê-la até nós. Pessoa é o poeta que possui o passaporte para o mundo da alma, do invisível, do que não é perceptível pelas vias usuais. A despersonalização seria o reflexo da influência deste espaço no poeta, sendo Pessoa um mensageiro, alguém que tem o dom de captar esse mundo, sem fazer efetivamente parte dele, tomando outros eus emprestados, ou afirmando literalmente que aquele não é ele, é outro. Em algumas passagens, o poeta chega a lamentar o fardo que é exercer esse papel. Dalila ressalta, ainda, a convergência da razão e da imaginação do poeta e enfatiza:
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“Na sua obra, são as criações imaginárias, aquelas que nos darão o conhecimento mais profundo do seu espírito. As opiniões totalmente conscientes e intelectualizadas na sua obra em prosa, nunca estarão em contradição com as criações da imaginação: mas estas serão seu aprofundamento, porque atingidas a um nível de realidade infinitamente mais rico, inesgotável. Aí entrar-se-á numa camada de realidade que ao próprio poeta teria, como ser consciente através de um formulação racional do seu pensamento. Uma realidade que aqui na poesia será transmitida a partir de símbolos e imagens, mitos e apercepções visionárias – nessa linguagem que revela e esconde o saber que em si contém e transmite.”[6]
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Esse mesmo tema foi abordado no nosso trabalho, quando tratamos da carta à Adolfo Casais Monteiro. Levando-se em consideração, tanto a carta quanto outros escritos de Pessoa, que teriam o elemento racional e particular predominando, podemos acreditar que Pessoa se valia realmente do artifício da despersonalização e do desdobramento do eu para um “distanciamento” que, de certa forma, poderia protegê-lo e para uma representação mais adequada dessa realidade impalpável a que ele tinha acesso.
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A via poética é, no entender da autora, o meio ideal para que Pessoa pudesse externar sua outra realidade. Somente a poesia permitiria uma liberdade suficiente para que o poeta tratasse de todas as questões, utilizando-se de recursos como símbolos e da própria despersonalização, da maneira mais próxima à sua realidade oculta; portanto, a utilização dessa via é mais que justificável.
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O livro de Dalila traz consigo uma série de interpretações interessantes no tocante ao emprego dos símbolos e é muito bem fundamentado, auxiliando bastante àqueles que estão interessados em conhecer mais sobre o esoterismo de Pessoa. Consideramos essa obra como referência no que se refere ao aspecto do ocultismo em Fernando Pessoa (aspecto fundamental na obra do poeta na nossa opinião) e acreditamos que muitas das questões e proposições levantadas por Dalila Pereira da Costa merecem ser investigadas por aqueles que julgam que o ocultismo na obra pessoana não foi suficientemente revelado.
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1. PESSOA, Fernando. Obra poética. Organização, introdução e notas de Maria Aliete Galhoz,
Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1986, p.621.
2. COSTA, Dalila Pereira. O esoterismo de Fernando Pessoa. Porto: Lelo & Irmão Editores, 1978, p.7.
3. Apud Dalila, 1978, p.35.
4. COSTA, Dalila Pereira. O esoterismo de Fernando Pessoa. Porto: Lelo & Irmão Editores, 1978, p. 38.
5. PESSOA, Fernando. Obra em prosa. Organização, introdução e notas de Cleonice Berardinelli, Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1986, p. 269.
6. COSTA, Dalila Pereira. O esoterismo de Fernando Pessoa. Porto: Lelo & Irmão Editores, 1978, pp. 42 e 43.
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Parte integrante da dissertação de mestrado Esoterismo e ocultismo em Fernando pessoa: Caminhos da crítica e de poética, de Rogério Mathias Ribeiro.
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Rogério Mathias Ribeiro - Graduado em Letras (Português/ Literatura) pela Uerj, especialista em Literatura Portuguesa pela Uerj e Mestre em Letras (Literatura Portuguesa) pela UFF. Taurino de 37 anos, carioca, residente no Rio de Janeiro-RJ, torcedor do Botafogo e professor de Ensino Médio, estudioso da Literatura Portuguesa e do Ocultismo. Contato por e-mail: roger7332@hotmail.com